Boa tarde, Sue, é um
gosto enorme poder conhecê-la melhor e apresentá-la aos seguidores deste
espaço, para começar, coloco-lhe esta questão:
O que é que a escrita
mudou em si, enquanto pessoa? Passei a ser mais atenta e mais
disponível para os outros, afinal de contas são eles que me fornecem matéria
inestimável.
E enquanto escritora,
o que mudou? Estou mais
organizada e empenhada, tenho objetivos específicos.
Iniciou-se na escrita
com o título “Pedaços de Mim”, o que é que essa experiência trouxe à sua vida? Consegui
perceber que gostam da minha escrita e que tenho algo para dizer que importe.
Qual foi a dificuldade
com que mais se deparou na escrita do seu primeiro livro? Ter que parar de escrever para ser o que
esperam de mim. Quem escreve parece ter um mundo muito próprio e não gosta do
relógio, ele interrompe o processo.
Gere atualmente um
blogue, FeelMe, que conta com mais de meio milhão de visitas. Como mantém o
público agarrado às suas publicações?
Sendo fiel ao meu estilo e usando as palavras com que se identificam
diariamente, as que sentem, mas não sabem usar.
Escreve regularmente,
sente que é necessário manter contacto permanente com o público para o cativar
mais e mais? Sem
dúvida, apenas a consistência nos dá a conhecer, e o público gosta de proximidade.
Lourdes, falemos um
pouco da escrita a nível emocional, o que sente quando escreve? É um
processo difícil por vezes, porque mesmo que não escreva sobre mim, carrego-me
em cada palavra. Por vezes choro, também rio à gargalhada e sobretudo penso. No
fundo também me limpo e reinvento quando partilho sentimentos e emoções.
O que é mais prazeroso
na escrita? A reação de quem me lê. Fico sempre de alma cheia quando
dizem que pareço ter escrito para elas, ou quando dizem que estavam a precisar
de ler o que partilhei.
Tem algum ritual de
escrita? Sim, por norma escrevo 3 posts por dia no blog, bem como
alguns recados ou pensamentos e vou alinhavando os romances nos intervalos.
Como definiria esta
arte na sua vida? Como
essencial, sem escrever não sobrevivo no mundo real.
Tem hábitos de
leitura? Considera importante ler para escrever bem? Sou uma bookaholic, já cheguei a ler
cerca de 2 a 3 livros por semana. Ler é desbravar mundos e acrescentar
vocabulário que sai mais fluído quando escrevemos. Sou quem sou devido a cada
um dos livros que li.
Se só pudesse ler um
único livro para o resto da sua vida, qual seria o privilegiado? "O
Retrato de Ricardina" de Camilo Castelo Branco, meu autor favorito, que já
reli 3 vezes, em diferentes períodos da minha vida e continua a surpreender-me.
Além da escrita e da
blogosfera, que outras paixões, nutre que a completam enquanto pessoa? A
música, o exercício físico ao ar livre, os filmes, sobretudo a preto e branco e
o tempo de qualidade com os meus filhos.
Que outros trabalhos,
já realizou, no âmbito da escrita? Escrevo para uma revista de bloggers, a
Blogazine. Participo em concursos literários, tal como o prémio Leya e estou a
desenvolver um projecto de escrita por encomenda.
A escrita é para si,
uma necessidade ou um passatempo? Uma necessidade, sem qualquer dúvida.
Como vive o contato
com o público? Eu sou introvertida, tenho um mundo
muito próprio, mas estou a aprender a interagir com quem me lê e comenta com
todo o carinho. É o mínimo que posso dar.
Como encara o processo
de edição em Portugal? É muito economicista e pouco empenhado
nos autores, somos basicamente euros. Para quem ainda não é conhecido torna-se
muito difícil fazer-se notar, por consequência é desmotivador.
Quais as suas
perspetivas para o futuro? Quero continuar com o mesmo ritmo e ser
uma marca no mundo das palavras.
Tendo em conta que se
afastou temporariamente da publicação, os seus seguidores podem esperar algum
título para breve? Tenho mais 4 romances escritos, mas a
seu tempo e com as condições que pretendo, certamente que regressarei, um
escritor precisa de escrever e de chegar aos leitores.
Enquanto escritora,
quais os objetivos que mantém? Continuar a fazer crescer o meu blog,
que é o meu principal veículo de interação e planeio aumentar o espaço na
prateleira que deixei livre para os meus próprios livros.
Se tivesse de escrever
noutro género literário, qual o desafio ao qual se proporia? A
fantasia histórica, viagens no tempo, com factos reais bem fundamentados e
momentos imaginários, romantizados. Já experimentei e gostei imenso.
E para finalizar, que
mensagem gostaria de passar aos seus leitores e seguidores deste espaço? Pretendo
que saibam que de mim terão sempre entrega e palavras com emoção. Vou continuar
a escrever sobre o efeito que amor e a falta dele tem na nossa saúde mental,
porque sem amor apenas sobrevivemos.
Agradeço a sua
disponibilidade, fazendo votos de muitos sucessos para a sua carreira e vida
pessoal. Obrigada eu pela oportunidade, foi um prazer.
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