Sandra Pereira (1980), nasceu no Barreiro, Portugal. Viveu a sua infĂąncia e adolescĂȘncia em Maputo.
Regressou a Portugal com 18 anos, para se licenciar em Arquitectura em 2007.
Começou a escrever aos 13 anos e escreveu a sua primeira obra de poesia aos 19 anos.
Trabalhou alguns anos como Gestora Comercial e ResponsĂĄvel Administrativa na ĂĄrea comercial onde acabou por se interessar e desenvolver o relacionamento interpessoal.
Hoje, com conhecimentos e competĂȘncias, exerce funçÔes como Life Coach e Formadora de GestĂŁo Emocional, com valĂȘncia em PNL.
Com uma paixão pela cozinha, é, também, Blogger de Especiarias e Receitas Criativas e organiza, pontualmente, eventos gastronómicos.
“Contos MetafĂłricos” Ă© a primeira obra publicada da autora, sendo que o objectivo desta, Ă© poder ajudar no desenvolvimento pessoal de jovens e adultos, atravĂ©s da leitura interpretada de metĂĄforas.
Fonte: Sandra Pereira


OlĂĄ Sandra, Ă© um gosto poder conhecĂȘ-la melhor e apresentĂĄ-la aos seguidores deste espaço, para começar: Como que Ă© que a Sandra se iniciou na escrita? Comecei a escrever aos dez anos, nomeadamente poesia e fui desenvolvendo este gosto atĂ© aos dezoito anos, quando resolvi registar a minha primeira obra literĂĄria de poesia no IGAC. TambĂ©m tenho um blogue orientado para a escrita http://o-largo-da-poesia.blogspot.com/

Qual o sentimento que a domina quando escreve? Quem escreve com paixão acaba por entrar numa espécie de transe emocional, parece que nada se passa ao meu redor. E posso trabalhar a minha criatividade que necessita de constante incentivo.

O que Ă© que a escrita mudou em si, enquanto pessoa? A escrita Ă© terapĂȘutica, acalma-me, tranquiliza-me e ajuda no meu autoconhecimento: Sempre.

E enquanto escritora, o que tem aprendido? Primeiro, aprendo mais sobre mim. Se escutar uma histĂłria de outra pessoa, e se escrever sobre a mesma, acabo por perceber melhor a outra pessoa porque vou refletir sobre esta.

Tem algum ritual de escrita? Por vezes um copo de vinho ou um CD de mĂșsica Jazz ajuda no relaxamento inicial.

Como definiria esta arte na sua vida? Imprescindível. Não passo a vida a escrever, existem momentos såbios onde a minha intuição me guia, orientando neste sentido.

A escrita Ă© para si, uma necessidade ou um passatempo? Necessidade, uma vez que se torna terapĂȘutica.

O seu primeiro livro publicado chama-se “Contos MetafĂłricos”. Pode falar-nos um pouco dele? Sim, Ă© um livro de contos ou pequenas histĂłrias onde a ferramenta que utilizo Ă© a metĂĄfora e o propĂłsito Ă© que se possa retirar uma lição emocional que visa modificar o pensamento e comportamento humano do leitor. Eu sei que Ă© mais fĂĄcil aprender com uma metĂĄfora, o nosso inconsciente estĂĄ mais preparado para absorver uma mensagem subliminar do que o nosso consciente estarĂĄ apto para entender uma mensagem mais direta que por vezes atĂ© pode ser considerada “ofensiva”.

Como surgiram as ideias para compor um livro com uma temåtica tão diferente do habitual? Fui eu que comecei a transcrever as minhas aprendizagens pessoais e não só, acabei por influenciar outros com a escrita e a minha ambição cresceu com base nesse feedback positivo que obtive. Apesar de ter escrito poesia maioritariamente ao longo dos meus anos de vida, fui alternando para prosa e crónicas quando a vontade o exigia, de modo que escrever contos foi muito pacífico para mim.

A sua escrita é ficcional ou tem conotação pessoal? Tem conotação pessoal, seja minha, seja de quem me inspirou a escrever.

Como vive o contato com o pĂșblico? Considero-me comunicativa e expressiva, por isso nĂŁo me aflijo com a exposição. No entanto ainda estou a começar nesta aventura e nĂŁo tenho uma grande experiĂȘncia, nesta ĂĄrea. JĂĄ trabalho na ĂĄrea comercial hĂĄ uns anos e a minha relação interpessoal foi-se desenvolvendo neste sentido.

Gosta de ler? Considera importante ler para se escrever bem? Adoro ler, Ă© outra forma de obter tranquilidade e ser criativa, uma vez que uso a imaginação para “visualizar” o que leio.

Como encara o processo de edição em Portugal? Moroso e muito selectivo. Mas a culpa não recai no processo de edição em si, uma vez que cada vez hå mais escritores por via das ediçÔes de autor, havendo, muitas vezes, pouca qualidade e cuidado na escrita de quem pode pagar pela edição, não tendo talento algum.

Acha que os jovens dão importùncia à Literatura nos dias atuais? Creio que quanto mais meios de distração tecnológica existirem, menos procura hå pela leitura, por parte deste nicho de mercado.

Além da escrita, que outras paixÔes, nutre que a completam enquanto pessoa? Coaching; Cozinha; Jardinagem; Leitura; Dança; Viajar; para além do habitual convívio com os mais queridos.

Quais os temas que gosta de abordar quando escreve? Auto-coaching, essencialmente. Por outras palavras, tudo o que invoque o autoconhecimento ou desenvolvimento pessoal. Dedico-me Ă  escrita de artigos sobre temas neste Ăąmbito e acabo sempre por expressar-me de forma pessoal.

Se sĂł pudesse ler apenas um Ășnico livro para o resto da tua vida, qual seria o “privilegiado”? “A casa do Sono” de Jonathan Coe

Quais as suas perspetivas para o seu futuro enquanto autora?  Pretendo investir noutra obra, sem definição ainda, poderĂĄ ser um livro de auto-ajuda dentro destes moldes, atravĂ©s de contos ou mesmo testemunhos.

Pensa em publicar novamente depois deste seu primeiro livro? Para já ainda não coloquei essa “panela ao lume”. Estou a juntar os ingredientes, primeiro.

Imagine a sua vida sem a escrita, como seria? NĂŁo posso fazer tal coisa, Ă© uma das minhas essĂȘncias como pessoa. Talvez por ter começado a escrever tĂŁo cedo.

Apenas numa palavra, descreva-se: Positiva




Sinopse
A utilização da metĂĄfora serve o propĂłsito de apelar Ă  tomada de consciĂȘncia e ao crescimento interior.
Este livro de contos metafóricos, abordam vårias temåticas entrelaçadas nos seus variados personagens inusitados.
O enredo de cada conto estimula a imaginação do leitor, que poderå viajar e visualizar cada cenårio, pensando naquilo que se esconde em cada contexto. No final pode questionar: qual a lição desta história?
Os contos baseiam-se em realidades imaginĂĄrias, mas facilmente transportadas para a nossa realidade.
É um livro que pode ser Ăștil a terapeutas, professores, educadores e pais. Sobretudo foi escrito a pensar no desenvolvimento pessoal e emocional de jovens e adultos.