Carolina Cruz, foto retirada da sua página no Facebook

A Carolina Cruz é uma jovem escritora, que esta arte me deu a conhecer quando me iniciei. Agora, a Carolina está prestes a publicar o seu primeiro romance, O coração vive de sorrisos, e eu tomei a iniciativa de lhe fazer algumas perguntas e apresentar-vos esta fabulosa escritora.


Letícia Brito: Como é que a escrita entrou na tua vida?
Carolina Cruz: É uma boa pergunta, uma ótima pergunta! Desde que me lembro, que escrevo e, quando digo que escrevo desde que me lembro, é verdade, lembro-me de ter 6/7 anos, mal sabia escrever e já criava livrinhos pequeninos com uma história para oferecer à minha mãe, em que eu escrevia frases e ilustrava-as, estou prestes a editar o meu primeiro livro, mas o meu primeiríssimo chamava-se “a mamã e o bebé”. É tão giro recordar isto!

L.B.: Qual o sentimento que te domina quando escreves?
C.C.: Felicidade plena! Sei que não sou a melhor escritora do mundo, que nem estou lá perto, mas sinto-me feliz por saber dominar os meus sentimentos e transformá-los em palavras!

L.B.: Tens algum ritual de escrita?
C.C.: Creio que não. A escrita surge-me e eu vou apontando as minhas inspirações (sempre que posso, a maioria das vezes surgem no carro, no trabalho também já me aconteceu e é possível parar!), irrita-me às vezes quando tantas ideias surgem, não é que isso seja de todo mau, mas a pior parte é quando não as consigo apanhar todas.

L.B.: A escrita é para ti, uma necessidade ou um passatempo?
C.C.: Necessidade, completamente. Como precisamos de água, oxigénio, também eu preciso da escrita!

L.B.: O teu primeiro romance «O coração vive de sorrisos» está quase a ser publicado! Podes desvendar-nos um pouco do que iremos encontrar nas suas páginas?
C.C.: Sim, claro que sim! Então posso dizer que não tenho apenas uma personagem principal, e não apenas uma história, mas cinco, cinco romances, cinco personagens principais, naturalmente! Aborda assuntos que, na minha opinião, são pertinentes para discutir na nossa sociedade: a deficiência, o bullying, doença mental, violência doméstica. Encontramos amor, muito amor, entre casais, família, amigos. Temos lágrimas, perdão, aventura... Prometo pôr-vos a chorar e a sorrir ao mesmo tempo!

L.B.: Como foi o processo de escrita deste teu primeiro trabalho?
C.C.: O processo deste livro foi muito interessante, porque surgiu numa altura em que estava desempregada e era voluntária num projeto de uma amiga minha (Projecto In My Shoes), em que a missão era alertar para a acessibilidade e inclusão e o meu trabalho era fazer críticas de filmes com personagens com alguma deficiência/doença mental e foi nesse momento que me despertou o sentimento de que precisamos abordar estes temas, porque por mais que vivamos numa sociedade que tem vindo a evoluir, a deficiência ainda é pouco abordada nos romances. Decidi assim, começar a escrever pequenas histórias com personagens diferentes e ia escrevendo conforme as inspirações surgissem e surgiu a ideia de criar este livro! Nunca tenho um processo estruturado, tal como não tenho nenhum ritual.

L.B.: Além da escrita, que outras paixões nutres, que te completam enquanto pessoa?
C.C.: Gosto do outro lado da moeda, também sou uma leitora voraz! Adoro música, cinema, teatro, sou apaixonada pelas artes!

L.B.: Quais os temas que gostas de abordar quando escreves?
C.C.: Gosto de abordar de tudo um pouco, mas o amor é a minha praia.

L.B.: Se só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o “privilegiado”?
C.C.: O Principezinho

L.B.: Quais as tuas perspetivas para o teu futuro enquanto autora?
C.C.: Como costumo dizer não gosto de criar muitas expectativas para que elas não saiam de todo furadas, sei que é uma área difícil de singrar no nosso país, mas não perco a minha esperança de que um dia eu possa fazer isto um pouco mais “a sério”, se é que me entendes. De uma certeza tenho, não vou parar de escrever nunca!

L.B.: Pensas em publicar um segundo livro?
C.C.: Ele está a ser escrito, desejo que sim, que as minhas novas personagens ganhem vida!

L.B.: Apenas numa palavra, descreve-te:
C.C.: (Esta é difícil!) Emotiva, talvez. Emotiva, envolve muita coisa. Emotiva!

Obrigada por aceitares este desafio, Carolina. Desejo-te todo o sucesso do mundo nesta nova fase da tua vida!
SABE MAIS SOBRE A ESCRITORA CLICANDO AQUI!