De Noite Sonho Com a Paz - Diário de Guerra 1941-1945 de Carry Ulreich (COMPRAR AQUI) foi publicado recentemente pela Porto Editora e trata-se de um diário de Carry Ulreich, uma jovem judaica-holandesa, que viveu na clandestinidade após a Segunda Guerra Mundial ter deflagrado e, Roterdão, o lugar onde vivia, ter deixado de ser seguro para as famílias de origem judaica.

Naquele que é considerado um dos períodos mais terríveis e tristes da história, uma família católica, os Ziljmans acolheram a família Ulreich, o pai Gustav, a mãe Anna Fany, a filha mais velha do casal, Rachel e a jovem Carry, à altura com quinze anos, juntamente com o namorado de Rachel, Bram de Lange. 

Apesar dos riscos para si próprios, os Ziljmans não hesitaram em acolher esta família e apesar das diferenças religiosas que poderiam tê-los afastados, apoiados na sua fé e na crença em Deus e no seu amor, esta família viveu e partilhou a sua casa e os seus bens com judeus. 

Embora os perigos fossem uma constante para todos, para os que ofereceram proteção e para os que foram protegidos, o Pai Z e a Mãe Z, como Carry os chamou no seu diário, mostrava a proximidade entre as famílias. É claro que esta relação nem sempre foi fácil, mas, acima de tudo, foi pautada pelo respeito entre as duas famílias. 

Num retrato fidedigno, com muitas descrições e um olhar simples e de uma mente jovem sobre um dos piores períodos do século XX, Carry mostra-nos os seus receios e anseios, dando-nos a oportunidade não só de acompanhar a guerra pelos seus olhos, mas de acompanhar também o seu crescimento, e a forma extraordinária como, apesar dos desaires, Carry se mantinha crente na paz



A sua evolução de adolescente para jovem adulta é notória, os seus pensamentos e o modo como se adaptou quer à vida no seio de uma família católica, mostram uma coragem e um espirito surpreendentes. 

Não foi por acaso que Carry foi considerada a "Anne Frank com final feliz". Findada a guerra, os Ulreich puderam recomeçar as suas vidas, Carry conseguiu finalizar os estudos e casou. O seu diário é hoje um registo importante da Segunda Guerra Mundial e, a sua leitura foi intensa. 

Carry Ulreich

Judia de ascendência polaca, nascida na década de vinte do século passado, Carry Ulreich passou três anos da sua adolescência escondida numa casa em Roterdão durante a Segunda Guerra Mundial. Com quase noventa anos, veio a publicar o diário que manteve dessa experiência, ficando de imediato conhecida como a «Anne Frank com final feliz». Pouco tempo depois da libertação, casou-se e, cumprindo um sonho, foi viver para Israel, sob o nome de Carmela Mass. Teve três filhos, vários netos e bisnetos. (fonte: Porto Editora)


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