Gabriela, seja bem-vinda a este espaço. É um gosto poder conhecê-la melhor e apresentá-la aos seguidores deste espaço, para começar: Como é que se iniciou na escrita? Primeiro de tudo, um muito obrigado pelo convite. Eu sempre adorei a escrita e a leitura, adoro folhear um livro. Por fim, tive um motivo forte para o fazer. A partilha da minha luta contra o cancro da mama.
São inúmeros os sentimentos que nascem no âmago do escritor. Quais aqueles com que mais se identifica? Os momentos de solidão são um grande incentivo para a criação de um livro. Além da facilidade em transcrever para o papel, o que nos vai na alma.
O que é que a escrita mudou em si enquanto pessoa? Ser o mais transparente possível.
E enquanto escritora, o que tem aprendido? A ser mais observadora de tudo o que nos rodeia, assim como o que o leitor procura nos livros.
Como definiria a escrita na sua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso? No meu caso, foi mesmo um acaso.
Dedica-se à confeção de doces caseiros, ora uma área que tem mais semelhanças com a escrita do que parece; a possibilidade de criar, de inventar, de sentir, de fazer os outros sorrirem e deliciarem-se... Esta área tem alguma influência direta na sua escrita? [Risos…] Acho que consigo transmitir o meu amor pela vida e pelo o que faço, com paixão.
Em maio transato lançou o seu primeiro livro, Força de Viver, sobre o cancro. Pode falar-nos um pouco sobre este título? Neste mundo cruel em que vivemos, há muitos momentos em que precisamos de muita Força de Viver, para ultrapassar todas as barreiras e obstáculos com que a vida nos surpreende.
O que a inspirou a escrevê-lo? Como referi sempre adorei a escrita. Sempre sonhei um dia poder escrever um livro, até que chegou o conteúdo, mais do que forte para o fazer. Além do apoio de uma amiga, que de alguma forma também faz parte do meu livro e percurso, minha amiga e irmã de coração, Carla Garrido.
Como correu o processo de escrita desta obra? Correu como um desabafo, um aliviar dos momentos de solidão vividos durante todo o processo da luta contra o cancro.
Como têm reagido os leitores perante o seu trabalho? Tenho recebido muitos elogios e parabéns pela coragem de transmitir para o papel e torná-lo público, toda a minha luta, dor e os momentos mais difíceis. Quem já leu o livro diz chegar ao fim e ficar à espera de mais. O que leva a ficar uma porta aberta para um novo projecto.
Se só pudesse ler apenas um único livro para o resto da sua vida, qual seria o privilegiado? Há um livro que adquiri há alguns anos, que já o li e reli, muitas vezes. É A Profecia Celestina, de um escritor estrangeiro, James Redfield. Um livro que me dá muitas respostas a certas fases da vida.
Se tivesse de escrever num género literário diferente, a qual desafio se proporia? Algo místico, algo mais além do que a nossa mente possa imaginar.
O que é que os leitores podem esperar de si para o futuro? Por novos projetos, tanto na escrita como na doçaria.
Descreva-se numa palavra: GUERREIRA!!! Pois é assim que muitas pessoas me veem…
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