Nesta narrativa acompanhamos Rachel O'Neill's na sua busca pela filha, Kylie. A jovem Kylie foi raptada pela Corrente, cujos objetivos são: ganhar dinheiro e manter a corrente ativa. Para recuperar a filha Rachel terá de pagar o resgate às pessoas por detrás da corrente e raptar outra criança, desse modo, a corrente não se quebra.
Tudo começa quando Rachel recebe um telefonema de um número desconhecido, a mulher com quem fala, dá-lhe uma série de indicações que deverá seguir à risca. Também esta mulher teve o seu filho raptado e a única forma de o recuperar foi raptar a jovem Kylie e esperar que a mãe desta, rapte uma nova criança.
A premissa desta obra é intensa e emocionalmente manipuladora, faz-nos questionar a nossa própria índole. Seriamos capazes de raptar uma criança para salvar quem amamos? Seriamos vitimas e criminosos por amor a um filho?
As respostas surgem sob a atitude de Rachel, uma mulher batalhadora, que enfrenta uma separação e o cancro, mas que nada a demove de recuperar a filha e quebrar a corrente. É a sua personalidade forte que tornam esta narrativa tão profunda e aliciante.
O leitor vê-se ansioso pela próxima página e não consegue parar, ávido do que se seguirá. Vivemos num mundo viciado no universo digital, recebemos inúmeras correntes, a maioria delas totalmente inofensivas, no entanto, o autor conseguiu construir uma história fantástica, diferente de tudo o que já se viu e que nos lembra que as correntes não param. Imagine se uma corrente destas fosse real? Estará o mundo assim tão longe disto?
Este é um thriller de leitura compulsiva, que me apaixonou e manteve cativa. Só posso recomendar e congratular a Editorial Presença por esta excelente aposta.
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