De início, pensei que tudo era apenas uma coincidência do destino, do destino que eu própria manipulei.
 Depois, percebi que não existem coincidências!
Com o decurso dos acontecimentos, vi-te para lá no tempo, na cerca, no alpendre, na cascata, num tempo onde o passado é agora e o agora é depois...
Vidas que se confundem como se fossem passado, presente e futuro.
Num presente ausente, num passado sofrido, num futuro incerto.
No limiar da culpa, dividida entre a emoção e a razão, entre o amor e a paixão, entre o certo e o errado.
E se o errado for o certo?
Um amor que veio de uma vida passada, proibido, mas que me faz sentir viva!
Um encontro que desperta a alma, que aquece o peito, que atormenta o ser!
Um diário perdido que muda toda uma história.
Num tempo, onde o passado é a eternidade que nos aguarda, para lá do fim, para além da morte!
Como o fluir da areia de uma ampulheta!