Olá Irina, é um gosto poder conhecê-la melhor e apresentá-la aos seguidores deste espaço, para começar: Como que é que a Irina se iniciou na escrita?
Simplesmente comecei a escrever e nunca mais parei… Estava a escrever para mim, como se fosse uma auto análise, nem sabia se iria publicar por ser a minha história pessoal, mas tive os amigos que me apoiaram nesta aventura e daí nasceu o meu primeiro livro
Qual o sentimento que a domina quando escreve?
Quando eu estava a escrever, revivi a história toda outra vez, ri, chorei, mas principalmente agradeci…
O seu primeiro livro publicado chama-se “O Reencontro das Almas”. Pode falar-nos um pouco dele?
É a minha historia pessoal, que começou como uma simples história de amor, mas que se transformou num percurso espiritual porque tive que perceber que existia algo mais do que aquilo que conseguimos ver à nossa volta e tive que ir à procura das respostas. Existe uma explicação porque é que as coisas nos acontecem, mas para isso temos que abrir o nosso coração ao desconhecido, aceitar passar pelo processo de autoconhecimento que por vezes é doloroso, e perceber que quando nós mudamos, tudo muda à nossa volta.
Estamos perante um livro com cunho pessoal. Poderia falar-nos do que a motivou a partilhar a sua história?
Eu percebi que existem muitas pessoas com questões espirituais que passaram ou estão a passar pelas situações idênticas e não sabem o que é que lhes está a acontecer. Sei que existem muitos livros sobre o tema de espiritualidade, mas também sei que são quase todos à base das teorias e nunca houve praticamente ninguém que chegasse e dissesse : “Comigo aconteceu assim”. As teorias são necessárias, sem sombra de dúvida, mas as pessoas precisam de exemplos concretos de pessoas concretas para perceberem como isto funciona na prática e como pode ajudá-las a mudar as suas vidas.
Qual o impacto que a regressão a vidas passadas teve na sua vida?
A minha vida deu uma volta de 360 graus. Hoje não sou a mesma pessoa que fui há dois anos, por exemplo, porque através das regressões eu percebi que de vida para vida eu trazia o mesmo padrão de comportamento e só alterando esse padrão é que podia começar a viver o que era para mim nesta vida. Percebi que se queria mudar algo na minha vida, a mudança tinha que começar em mim. Posso afirmar que hoje sou uma pessoa feliz, uma pessoa que se valoriza, que tem capacidade para perdoar
a si e aos outros e, o mais importante, aprendi a agradecer por tudo o que me acontece pois faz parte da minha evolução como o ser humano.
Sente que ainda há preconceito e receio de se abordar estes temas?
Sem dúvida. Há muitas pessoas que ainda têm muito medo daquilo que não conhecem porque isso pode tirá-las das suas zonas de conforto, daquilo ao que estão habituadas. As vezes preferem estar numa situação que não as beneficia de maneira nenhuma porque têm medo da mudança. Mas não há que ter medo, porque ninguém nasceu para sofrer, estamos cá todos para evoluir.
Mas é importante abordá-los?
Cada vez mais. Estamos a entrar na era do Aquário, a era de liberdade, e é muito importante os seres humanos se libertem desse registo de vitimização e comecem a perceber que há outra vida para ser vivida, uma vida onde somos mais felizes, onde somos nós próprios e não aquilo que os outros querem que sejamos. Mas, como eu já disse, é preciso haver mais histórias como a minha, um percurso duma pessoa real, duma pessoa simples que anda todos os dias na rua, trabalha, estuda, sai com os amigos… Assim é mais fácil entender do que através das teorias complexas que
muita gente não consegue entender e acaba por desistir da espiritualidade.
Além da escrita, que outras paixões, nutre que a completam enquanto pessoa.
Terapias alternativas. Depois de O Reencontro das Almas percebi que era isso que queria fazer. Porque depois daquilo que passei estava em condições para ajudar. Fiz formação em Hipnoterapia Transpessoal e presentemente dou consultas de Terapia regressiva.
Se só pudesse ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o
“privilegiado”?
Eva Perón “A razão da minha vida “. Este livro para mim tem um valor sentimental, mas só vão entender no fim de ler o meu livro.
Pensa em publicar novamente depois deste seu primeiro livro?
Claro, a história tem continuação…
Apenas numa palavra, descreva-se:
Lutadora.
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