Catarina Oliveira |
Catarina Fernandes de Oliveira nasceu em 2002, em Viana do Castelo e reside em Caminha com os pais e irmã. Frequenta atualmente o 10.º ano de escolaridade do Curso de Ciências e Tecnologias, assim como, em regime supletivo, o 6.º grau do Curso Secundário de Música, do Ensino Artístico Especializado. Desde os 7 anos que toca piano, tendo participado em diversos concursos internacionais e masterclasses. É uma apaixonada por livros e uma leitora compulsiva. Nos tempos livres, para além de tocar piano e ler, gosta de escrever e é atraída por tudo o que lhe traz conhecimento. Um Lobo Nunca Abandona a Sua Alcateia é o seu primeiro livro, sendo também o início de uma saga cuja autora dará continuidade.
(fonte: Cordel d' Prata)
Olá,
Catarina. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores
deste espaço, para começar: Como que é que te iniciaste na escrita?
Desde sempre adorei livros e
histórias e houve um dia em que senti a necessidade de experimentar a escrita,
de criar o meu próprio mundo, nos meus próprios termos. O meu próprio livro. A
minha própria história.
Qual
o sentimento que te domina quando escreves?
Quando escrevo, sinto que o mundo
para. Fico completamente sozinha com as minhas personagens. Fico extasiada com
o poder que tenho sobre elas. Tal como um Deus, decido o destino de cada uma
delas: se perdem, se ganham, se amam, se detestam, se vivem, se morrem… Há
tantas opções e o único limite é a minha imaginação.
És
ainda muito jovem. Estás agora a dar os primeiros passos nesta grande aventura
que é o mundo literário. O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
Desde que comecei a escrever que
leio de outra forma. Tento perceber o que é que os autores fazem para tornar os
seus livros especiais. À medida que aprendo com os meus autores preferidos, a
compilação de opções que farei nos meus livros cresce.
Fora dos livros, a minha visão da
realidade também mudou. Decoro rostos de pessoas interessantes, decoro
situações que poderei transformar e fazer minhas, decoro frases espirituosas
que me dizem. Mesmo aquilo que parece banal a um primeiro olhar, poderá ser
especial se eu assim quiser.
Tens
algum ritual de escrita?
Nem por isso. A qualquer momento
e em qualquer lado posso sentar-me com o meu computador e começar a escrever.
A
escrita é para ti, uma necessidade ou um passatempo?
Um pouco dos dois. Funciona como
um passatempo na medida em que me descontraio enquanto escrevo. Sei também que
provavelmente não vou ser escritora. Eu escrevo por diversão, poderá não ser o
meu futuro.
No entanto, nunca passo muito
tempo sem pegar no computador e sei que nunca irei deixar de escrever, por
isso, também pode ser visto como uma necessidade.
Frequentas
atualmente um Curso de Ciências e Tecnologias. O que te levou a enveredar por
esta vertente, tão díspar das letras?
Quando escolhi enveredar pelas
ciências ainda não sabia o que queria. Este curso é o que oferece mais
oportunidades. Para além disso, estou também a fazer o ensino supletivo de
música. Deste modo, posso escolher entre muitas áreas distintas.
Relativamente à escrita, como já
referi atrás, escrevo apenas por diversão e não penso fazer disso uma carreira.
A
ciência tem algum impacto no teu trabalho enquanto jovem escritora?
Claro. Sempre adorei as ciências,
assim como as letras. Umas davam-me as bases para compreender a realidade, as
outras deixavam-me espaço para mudá-la.
Mesmo os meus livros de fantasia
têm de fazer sentido, cientificamente. Principalmente, nas cenas de ação tenho de
verificar se tudo bate certo. Para além disso, o meu pai está sempre pronto a
atirar-me as leis de Newton à cara quando eu ponho a minha heroína super-veloz
e super-desastrada a cair para o lado errado.
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O
teu primeiro livro publicado chama-se “Um Lobo Nunca Abandona a Sua Alcateia”.
É o primeiro de uma saga. Podes falar-nos um pouco sobre ele?
“Um Lobo Nunca Abandona a Sua
Alcateia” é um livro sobre heróis e uma heroína em especial, chamada Catarina.
Ela era uma rapariga normal até
ao dia em que encontrou a pulseira de safira que a arrastou para um mundo cheio
de heróis, monstros, lutas e perigos.
Na sua nova escola de heróis, a
UWA, ela aprendeu o que era ser uma heroína e conheceu pessoas fantásticas. No
entanto, ela não era apenas uma heroína, era a descendente de Alice, e um novo
inimigo vigiava-a pronto a atacar…
É um livro com muitas cenas de
ação e de luta conjugadas com as situações engraçadas que uma rapariga do
quinto ano especialmente desastrada tem de enfrentar.
Não percam o privilégio de
conhecer a Catarina, o Noah, a Maria João e todas as outras personagens, cuja
essência se encerra nas páginas do meu livro.
Como
surgiram as ideias para compor o teu primeiro livro?
Não sei dizer o momento exato em
que me ocorreu. Eu sempre adorei fantasia e sabia que o meu primeiro livro
tinha de pertencer a esse género. Criei as primeiras personagens e a partir
daí, a história foi evoluindo enquanto eu escrevia. Tenho um plano geral para a
saga toda, mas o enredo de cada livro é praticamente improvisado.
E
como tem sido a reação dos leitores face a este trabalho?
Tenho recebido muitos elogios e
algumas críticas construtivas em relação ao livro. Mas as minhas fãs
incondicionais são miúdas do quinto ano, que se sentiram completamente
identificadas com a personagem principal.
Sendo
o primeiro de uma saga, podemos saber se já estás a trabalhar nos seguintes?
Quando publiquei o primeiro, já
estava a fazer o segundo e atualmente, dedico-me ao terceiro. Não consigo parar.
Após dois livros e meio, as minhas personagens já são como amigos de longa data
e eu não estou disposta a abdicar deles tão cedo.
Já
realizaste outros trabalhos no âmbito da escrita? Se sim, quais?
Apenas pequenos projetos para a
escola e workshops de escrita criativa.
Tens
uma página de autor no Facebook. Consideras importante o contato com o público?
Para dizer a verdade, podia ser
mais preocupada. É óbvio que considero importante o contato com o público.
Afinal, eu escrevo para o público. Mas sempre me aborreci com as redes sociais
e, sinceramente, sobra-me muito pouco tempo para me dedicar a isso.
Normalmente, a minha mãe e a minha irmã tratam das relações públicas e deixam
para mim a tarefa de escrever.
Gostas
de ler? É preciso ler para escrever bem?
Ler é e sempre será a coisa que
eu mais gosto de fazer. Desde que tenho memórias que me lembro de mim mesma com
um livro na mão, ou a ouvir a minha mãe a ler-me histórias antes de dormir.
Sim, é preciso ler para escrever
bem. Não conheço nenhum bom escritor que não tenha sido primeiro um leitor. Se
não nos afeiçoarmos aos livros, porque haveremos de tentar fazê-los?
Quais
os temas que gostas de abordar quando escreves?
Gosto de abordar todos os que me
lembrar. Para além da minha obsessão por mudar a realidade, gosto de
diversificar os meus livros. Humor, perda, luta, egoísmo, arrogância, tenho
também um fraquinho por revoluções devido ao meu filme preferido (Les
Miserables)…
Gosto principalmente de ser
imprevisível.
Se
só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o
privilegiado?
Isso seria uma tortura! Não iria
conseguir escolher apenas um da saga Harry Potter, a minha saga preferida.
Seria como pedir a uma mãe para escolher o seu filho favorito: impossível.
Se só pudesse ler um livro para o
resto da minha vida eu arranjaria uma forma de contornar as regras para levar
os sete livros da saga comigo.
Se
tivesses de escrever noutro género literário, a qual desafio te proporias?
Apesar de os meus livros
favoritos serem fantasia, eu gosto de livros de todos os géneros (menos
terror). Talvez escreva ficção científica, distopia, ou ficção histórica.
Sempre adorei ficção e história e
aprender sobre outros tempos. “Orgulho e Preconceito” da Jane Austen é um dos
meus livros preferidos de sempre.
O
que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro?
Mais livros. É a única coisa que
prometo. Podem esperar muita ação, suspense e mistério no meu segundo livro.
Quanto aos livros futuros na saga, nem eu sei o que esperar. Vou apenas continuar
a improvisar.
Podes conhecer melhor a autora através da sua página de Facebook
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