Ontem finalizei a
minha mais recente leitura, A filha do pântano de Karen Dionne!!!
Este livro é um
thriller psicológico, com uma narrativa surpreendente, personagens
bem construídas, um enredo sinuoso, e uma história emocionalmente
manipuladora.
Em determinadas
alturas da leitura, eu dava por mim a repudiar-me por não ter
escrito esta obra, meu Deus, como gostaria de escrever algo assim!
A autora
apresenta-nos uma personagem muito forte, a Helena, que nasceu dois
anos após a sua mãe ter sido raptada por Jacob, ou o conhecido Rei
do Pântano.
O que acontece é
que de alguma forma, Helena criou uma ligação muito mais forte com
o pai do que com a mãe, possivelmente porque a mãe adoeceu após o
parto, e porque a mesma era jovem, e claro, a Helena era fruto da dor
que ela vivia por ter sido raptada com quatorze anos, e ter sido
sujeita a um tratamento desumano.
A questão é que,
Helena tem na figura paternal um Deus supremo, a pequena é como que
um prolongamento do pai, a sua sombra… E nutre pelo mesmo um amor
quase incompreensível, muito pelo facto, de desconhecer os contornos
do seu nascimento.
Apesar da extrema
rudeza com que Jacob a pune quando ela não age de acordo com os seus
ensinamentos, ela acredita que ele o faz por amor, para a ensinar,
para que ela cresça uma guerreira. E quando a menina
começa a crescer, dá-se uma reviravolta, e Helena juntamente com a
mãe, escapam das mãos deste homem abominável, que acaba por ser
condenado a prisão perpetua.
Helena tem
atualmente um marido e duas filhas, uma vida estável, e mudou até o
sobrenome, todos esqueceram que Helena é a filha do Rei do Pântano,
porém, quando este foge da cadeia, a verdade vem ao de cima, e
Helena vê-se deparada mais uma vez com os jogos do pai para a
recuperar, e os mesmos, colocam em causa a sua vida atual e a vida
das suas filhas, Íris e Mari.
Esta história
centra-se então numa grande questão: Poderá Helena distinguir o
bem do mal, sendo que duran
Karen Dionne presenteou-nos com uma escrita envolvente, que nos faz ler página atrás de página, sem cessar!
A narrativa é recheada de descrições pormenorizadas, adjetivos, sensações e emoções, vividas à flor da pele, por todo o leitor que se aventurar neste thriller.
Já li diversos géneros literários, mas nenhum me marca tanto como o thriller psicológico, a mente humana e a sua complexidade, as questões com que nos deparamos tantas vezes e às quais é impossível responder com precisão, as dúvidas existenciais e a distinção do certo e o errado, tudo isto, mexe comigo, absorve-me, creio que são leituras que nos ajudam a evoluir enquanto seres humanos, a perceber sentimentos, a deslindar mistérios sobre nós mesmos que julgamos nem existir!
Se precisasse recomendar apenas um livro para finalizar o ano, apenas um, sem dúvida alguma que este seria a minha recomendação! É maravilhoso!
Obrigada à Karen Dionne por esta obra, que torço para que seja conhecida, reconhecida e best-seller, e à Harper Collins por esta publicação fantástica, uma das melhores apostas de sempre!
Letícia Brito
3 Comentários
SE já estava curiosa antes, fiquei ainda mais depois de ler a tua opinião! :) Estou a ver que tenho mesmo de arranjar este livro!
ResponderEliminarBeijinhos,
Carolina - https://leiturasdacarolina.blogspot.pt/
Aconselho vivamente! E se fores fã de thrillers psicológicos, é dos melhores! :)
ResponderEliminarBeijinhos!
Gostava muito de ler,
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