O Último Adeus

Preço: 15,00 €
978-989-736-063-3
4243/2012


Sinopse
Baseado numa história verídica, vivida entre os distritos de Viseu e Aveiro. Passamos por localidades como Tondela, Caramulo, Sernancelhe, Moimenta da Beira e Águeda. Três gerações de primogénitas vivem grandes histórias de amores inesquecíveis.
Dionora vive pobremente mas feliz com António. Até ao dia em que descobrem a doença fatal vivida nos anos cinquenta, a tuberculose. Com a morte do marido, Dionora deixa de ter forças para viver.
Luzita, a primogénita de Dionora, terá de lutar pelo primeiro amor da sua vida, um homem de classe ligeiramente superior à dela. Só que o destino salpicou-lhe a vida de negro.
Lídia, a primogénita de Luzita, vive também um grande amor. Mas fica nas suas mãos dar continuidade ao último adeus. Será que é capaz? 

Opinião 
O Último Adeus da autora aguedense Lí Marta, foi-me cedido pela respectiva editora, Edições Vieira da Silva, para leitura e critica aqui no blogue.

Esta é uma história baseada em factos verídicos, ocorridos em torno dos anos 50, por três gerações de mulheres primogénitas.

Dionora é loucamente apaixonada por António, apesar da pobreza, levam uma vida digna com filhos lindos que os motivam, mas um amor que deveria ser para sempre é devastado pela doença que assola o corpo de António e que encaminhava à morte, a tuberculose.

Luzita, filha primogénita de Dionora apaixona-se por um homem de uma classe social ligeiramente superior à sua, dessa relação nascem três filhos e a sua primogénita, Lídia terá de dar continuidade ao último adeus e a questão que a autora levanta: será ela capaz?

E o último adeus o que é afinal? Escolhi esta obra pela sinopse na contracapa, três amores avassaladores em três gerações diferentes, cativou-me imediatamente, mas ecoava a pergunta na minha cabeça – o que seria o último adeus?

Ora, nada mais nada menos do que diários escritos por Dionora e Luzita, que incumbiram Lídia de lhes dar continuidade.

A história fala-nos com perfeição e delicadeza da realidade que era viver naqueles anos, em meio à pobreza, às diferenças sociais, à doença e aos mexericos do povo.

A escrita da autora é simples e prende-nos, à medida que mudamos a página vamos querendo ler mais e mais na ânsia de descobrirmos como finda a história.

A reta final é escrita em primeira pessoa, permitindo-nos ter a visão dessa mesma personagem (no fundo, real) perante todos os acontecimentos que decorreram à medida que a história avançava.
Mais do que uma obra para entreter o leitor, é uma obra que nos fala da importância do amor, da amizade e da entreajuda.

O único ponto negativo que devo ressaltar – quero deixar claro que vou referir isto apenas enquanto leitora, porque não sou critica especializada e portanto não me sinto no direito de apontar o que quer que seja -, ora os diálogos são recorrentes ao longo de toda a obra e alguns, na minha opinião eram, de certa forma, desnecessários porque cortavam a fluidez da leitura, no entanto, isso não invalida o resto e a obra num todo, está muito bem conseguida.

De resto, só posso desejar que a autora continue o seu belíssimo percurso, recomendando também este seu livro.

A autora
Lí Marta
Lí Marta nasceu em Águeda em 1973, onde vive até hoje. É casada e mãe de dois filhos gémeos. Tem na família os pilares da sua vida e nos filhos o seu maior orgulho e a razão de viver.
Durante muito tempo, fez parte do grupo dos que “não gostam de ler”, até que um livro, um dia, mudou o trajecto da sua vida. O mundo fascinante das palavras tornou-se um hábito.
A preferência recai nos romances, daqueles que fazem chorar. Entre alguns escritores favoritos, ela destaca Nicholas Sparks, Danielle Steel, Nora Roberts… 
O desejo de escrever um livro sobre a história do amor vivido pela sua avó materna foi crescendo no seu peito e, sem ajudas nem incentivos, pôs mãos à obra.