Layde, sê bem-vinda a este espaço. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar: Como é que te iniciaste na escrita?
Desde pequena que tenho o gosto pela leitura. Sempre me fascinou as diversas formas de como as pessoas reagem há vida e, mostram ao mundo aquilo que são quando estão sós. Desde que comecei a rabiscar nunca mais senti solidão. Então descobri que talvez fosse esse o caminho mais prazeroso para ter uma boa passagem pela terra, para um dia mais tarde quando estiver de partida poder dizer: Céus, valeu a pena.

Qual o sentimento que te domina quando escreves?
Um sentimento de gratidão de liberdade. Encontro na escrita uma forma de expressar a minha vida interior, uma forma de mostrar ao mundo que dentro de mim existe um cantinho cheio de vida que nunca ninguém conhecerá.

O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
Com a escrita comecei a ver o mundo de uma forma um pouco diferente. Comecei a ver o mundo tal como ele é e, como eu gostava que fosse. Isso faz-me sentir uma pessoa mais otimista e, mais segura, Fico mais próxima da minha verdade.

E enquanto escritora, o que tens aprendido?
Aprendi a ser mais observadora, a ver, a ouvir e, a interpretar, as pessoas e as coisas de uma forma mais paciente, é muito gratificante. Acabo por ir buscar a essência de cada um. Afinal caminhamos por os mesmos caminhos, mas que na sua essência nunca se cruzaram. 

Como definirias a escrita na tua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?
Diria mais que foi um achado, uma descoberta que, com o tempo se tornou necessidade. Necessidade de ir cada vez mais dentro de mim.

É facto que o romance é o género literário ao qual se dedica. O que a inspira a escrever neste género?
Não escolhi género, apenas escrevo pedaços de vidas que se cruzam no meu caminho. Todos os meus romances são baseados em factos de vidas reais.

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Rosas Amarelas
, Moça do Violino, A Mansão do Lago e O Reencontro são algumas das obras que já publicaste. Podes falar-nos um pouco sobre estas experiências?
Roas amarelas é o meu primeiro livro. Nunca imaginei publicar. Precisei de muita persistência por parte de familiares e amigos. É um livro sobre a amizade, o amor e, de como a família é importante na nossa vida.
A Moça do Violino: É uma homenagem ao meu pai. Um pai desesperado que procura a filha e um certo dia encontra-a na rua a tocar violino. Só a reconheceu por esse violino ser da sua família. 
A Mansão do lago: Uma menina que vai parar a um colégio depois de ter perdido os pais. Anos mais tarde descobre que afinal a sua história não era a que lhe contaram.
O Reencontro: A forma como a violência doméstica destrói os sonhos de uma jovem. Afinal nem tudo se vive na juventude.
Experiências muito enriquecedoras. Descobri a ponta do fio do novelo que me levou até ao mais íntimo de mim.

O Uivo da Loba é, contudo, a obra mais recente, lançada em setembro. Podes desvendar-nos um pouco da sua história?
O Uivo da Loba é uma história de amor e medo. Uma pessoa que tem medo de amar porque já amou muito no passado e, tem medo de voltar a amar porque teme esquecer esse amor. Até que um dia encontra a pessoa certa que o ensina a amar. Que o ensina que amar é sempre no presente. Se amou nunca deixará de amar. E vai ainda mais longe ao ponto de lhe mostrar que o amor está dentro de nós, que só o vemos nos outros porque existe em nós.

Como foi a reação dos leitores face a este projeto?
Muito boa. É muito gratificante, as pessoas procuram-me e, dizem com satisfação que se encontraram na história.

O que te motivou a escrever este livro?
Conversas do dia a dia. Pessoas que gritam desesperadas com vidas desfeitas que não sabem o que fazer. Pessoas que não aguentam mais os gritos da loba que têm dentro de si.

Continuas a trabalhar noutras obras, como é que vives a escrita?
Sim, continuo a escrever. Vivo a escrita como parte de mim.

Se só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado?
Prefiro pedir que não me roubem esse privilégio, adoro ler. 
Só o amor é real, de Brian Weiss.

Se tivesses de escrever num género diferente do teu registo atual, a qual desafio te proporias?
Histórias infantis.

O que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro?
Continuar a deliciar-se a ler os meus novos romances. Pois continuo a escrever.

Descreve-te numa palavra: 
Sincera