Ana, sê bem-vinda a este espaço. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar: a escrita está enraizada no teu ser e isso denota-se no teu trabalho, como é que a escrita surgiu na tua vida?
Desde já muito obrigada pela entrevista. Respondendo à tua pergunta, a escrita surgiu de uma forma natural, era eu ainda uma criança. Sabes quando desde cedo começamos a  escrever poemas, quadras e temos uma imaginação fértil?... Acho que é o início de tudo e o resultado, mais cedo ou mais tarde, só pode ser este, escrever livros…

Escreves só quando vem a inspiração ou escrever é um rito que praticas independentemente das circunstâncias? 
Eu escrevo por prazer e não por obrigação, por isso, escrevo quando estou inspirada, mas também quando preciso desabafar…hoje em dia é melhor desabafar num papel que contar a nossa vida a amigos…nos dias de hoje é difícil confiar em alguém, por isso escrevo sobre o que me vai na alma e guardo para mim, em pedaços de papel… este é o único rito que pratico.

O que é que a escrita trouxe à tua vida?
Tanta coisa… permitiu-me ver a vida de um modo diferente. Ajudou-me a crescer, conhecer novas pessoas… permitiu que eu passasse para o papel as minhas histórias e que as partilha-se com o mundo… a escrita é libertadora.

Ser escritora não é fácil em Portugal, mas tu já publicaste quatro livros de diferentes géneros e continuas a perseverar. O que te motiva a escrever?
Enquanto houverem pessoas que gostem dos meus livros, eu vou escrever. São eles que me motivam a escrever. O facto de ser escritora de num meio pequeno não faz com que tenha menos valor que outros que vendem milhares. Posso dar-me ao luxo de escrever sobre o que quero, tudo o resto não me interessa…
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O teu último livro, Ódio de Morte, foi publicado em dezembro de 2018. Podes falar-nos um pouco sobre ele?
É um romance com uma vertente policial. No meu ver, o meu melhor livro… uma história onde o amor e o ódio se misturam. O mistério é uma constante e com um final absolutamente imprevisível.

O que te inspirou a escrevê-lo?
Nada em concreto. Numa noite que estava com insónias, comecei a pensar na história, liguei a luz, escrevi os tópicos e no dia a seguir comecei a escrever o livro.

Trata-se de uma narrativa envolta em mistério. Como foi escrever num género tão diferente dos anteriores?
Foi excelente. Sempre gostei, e gosto, de policiais… por isso foi uma experiência maravilhosa. 

Como tem sido a reação dos teus leitores face a este novo trabalho?
Confesso que o título surpreendeu os meus leitores, foram apanhados de surpresa… mas é isto que também me dá gosto surpreender os leitores. Os “meus” estavam habituados a títulos amorosos, suaves e de repente surge um “ Ódio de Morte” e tudo pára… depois de lerem o livro entenderam melhor o título escolhido… 

O que podem os teus leitores esperar para o futuro?
Tudo e nada… Eu sou um pouco imprevisível.

Tens algum novo livro a ser preparado?
Tenho uma nova história na minha cabeça, mas que ainda não comecei a escrever.

Pensas publicar novamente?
Claro que sim. Nem fazia sentido ser de outra maneira…Mas não sei quando… agora estou a fazer uma pequena pausa. 

Se só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado?
“As palavras que nunca te direi” de Nicholas Sparks. 

Se tivesses de escrever noutro género literário, a qual desafio te proporias?
Um policial, mas um livro 100% policial…

Descreve-te numa palavra:
Sonhadora…