COMPRAR AQUI |
Durante toda a leitura,
foi inevitável imaginar as peripécias protagonizadas por este velho rezingão,
numa série televisiva de horário nobre.
Ferdinand é solitário, sempre
foi um homem muito direto e pouco dado ao politicamente correto, com respostas
na ponta da língua – extremamente afiada – e sem jamais elogiar quem quer que
fosse – isto, inclui, a ex-mulher Louise, e a filha diplomata Marion.
No prédio onde vive com a
sua cadela Daisy – frequentemente tratada pelos transeuntes como se fosse um
cão –, Ferdinand leva uma vida pacata, mas envolta em partidas improváveis.
As vizinhas acreditam que
seja um serial killer, e para aguçar
esta dúvida, Ferdinand, vai alimentando-as com o seu mau feitio. Quando após a
morte de Daisy, este velhote adorável, decide colocar termo à vida, a filha
entra numa missão com o intuito de o colocar num lar de terceira idade. Para tal,
convoca a porteira do prédio, Sra. Suarez, para o vigiar, mas ao contrário do
esperado, esta «megera» – assim lhe chama o Sr. Brun – está disposta a tudo
para dar com ele em doido e expulsá-lo do prédio.
É quando, Juliette, uma jovem
menina, e Béatrice, uma nonagenária muito simpática, entram na sua vida, que
tudo muda, e o velho outrora mauzão, consegue aquecer o seu coração.
A narrativa está bem
estruturada. Os capítulos são curtos e facilitam a leitura. É um livro que se
lê em poucas horas, pois a história é bastante fluida, e o Sr. Brun diverte-nos
imenso durante a leitura, o que torna a mesma, muito agradável.
É o primeiro livro que me
arranca verdadeiras gargalhadas, pela caracterização do Ferdinand e pelas suas
asneirolas. É muito fácil simpatizar com este senhor rezingão, e este é uma
personagem, que sem dúvida alguma, me deixará saudade.
É o terceiro livro que
classifico com 5 estrelas este ano!!! E já li 32, portanto, conquistou-me
completamente! Parabéns à Castor de Papel pela maravilhosa aposta!
Letícia Brito
0 Comentários