Adriana, sê bem-vinda a este espaço. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar: Como é que te iniciaste na escrita? Eu lembro-me de ler bastante quando era criança. Era uma criança que sofria bastante bullying, portanto, decidi apoiar-me nos livros. Enquanto lia  admirava aqueles escritores que conseguiam me fascinar dentro de suas histórias vastas. Foi assim que comecei, quis ser como eles.

São inúmeros os sentimentos que nascem no âmago do escritor. Quais aqueles com que mais te identificas? Eu sou um misto de sentimentos. Mas se realmente puder me identificar com um e apenas um, escolho o sentimento da esperança. Aquilo que me move e aquilo que me faz seguir em frente nos piores ou melhores momentos da minha vida. A esperança não nos deixa cair, e se cairmos ela nos ajuda a levantar.

O que é que a escrita mudou em ti enquanto pessoa? Acredito que a escrita me deu um impulso no que toca à criatividade e à imaginação. Não tem um momento do meu dia em que não crie cenários na minha mente. Como escritora de fantasia faz parte! 

E enquanto escritora, o que tens aprendido? Aprendi que nem sempre é fácil. Quero dizer, o que é fácil na vida, não é mesmo? Mas, a melhor parte de tudo isso, de todo o esforço, toda a dedicação, sangue, suor, lágrimas… É que, se eu tiver alguma vitória, ela me saberá melhor, pois valerá a pena tudo o que passei para chegar até aí. Eu acredito num futuro luminoso, mesmo que me digam o contrário.

Como definirias a escrita na tua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso? Os três! Um passatempo, pois é algo que amo fazer, uma necessidade porque é aquilo que me mantém zen, a minha meditação, por assim dizer. E um acaso, pois foi uma decisão tão repentina que eu mesma me impressionei com tal coisa.

Iniciaste-te na publicação em 2019 com o livro Alma de Fénix. Podes falar-nos um pouco sobre este título? À partida, o meu livro é apenas uma ficção de fantasia onde eu "dei à luz" personagens que pertencem a um mundo alternativo, cujo núcleo é a nossa terra, e que não são humanos. O meu livro foi feito inicialmente para mentes mais jovens, que gostam de viver no "mundo da lua". Mas se observarmos a fundo, mesmo sendo uma peça importante com poderes que nem mesmo ela compreende, a nossa protagonista Elian depara com vários problemas comuns. Que qualquer um de nós poderia ter. Porquê? Porque simplesmente faz parte da nossa caminhada. A Elian sofreu a dor da perda, sentiu o abandono, teve que carregar pesos enormes nos seus ombros, e na sua infância sofreu bullying por parte de colegas por simplesmente ter sido abandonada à sua própria mercê. Todo aquele que ler com atenção capta as mensagens… Mas, principalmente, no meu livro reside amor, depositado por mim e pela minha resiliência em não desistir da história! Então abracem-na comigo e sintam. Pois eu deposito os meus sentimentos naquilo que faço!

O que te inspirou a escrevê-lo? Sem dúvida o meu livro nasceu depois de eu escrever um conto intitulado: “A Alma da Fénix”. Era somente uma pequena história, um rascunho feito numa madrugada em que não pregava o olho. Depois de pensar bastante nele, eu percebi que, se eu estendesse, daria uma boa fantasia.

Como correu o processo de escrita desta obra? Foi difícil, muito difícil. Eu o descartava várias vezes, pois pensava que era inútil continuar com aquilo. Passei por fases difíceis, fases obscuras, em que não queria sair do meu quarto, não queria ver nem falar com ninguém, não saía à rua… Estava triste e deprimida pois não acreditava mais em mim mesma. Um dia simplesmente dei um basta naquilo e decidi continuar, se desse em algo eu pelo menos saberia, certo? Me levantei da minha auto comiseração e defini como objetivo escrever pelo menos uma página por dia. Felizmente, ter um objetivo me ajudou bastante.

Como têm reagido os leitores perante o teu trabalho? Eu só recebi feedback positivo. Elogiaram a minha escrita, os personagens, a minha criatividade… Não foram muitos os leitores, mas esse pequeno público me deixou muito feliz com suas palavras de carinho e apoio. Eu decididamente irei tentar mais e mais para alcançar os amantes da fantasia.

Se só pudesse ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado? Apenas um?! Isso é difícil, eu amo tantos! Mas penso que seria “Nómada”, de Stephanie Meyer. Ou talvez “O diário de Anne Frank”.

Se tivesse de escrever num género literário diferente, a qual desafio te proporias? Talvez escrevesse diários, num género dramático. Ou quem sabe poesia, eu tenho vários poemas, mas nunca pensei em fazer um livro com eles.

O que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro? Evolução. Eu irei evoluir a minha escrita de acordo com as críticas que me forem feitas. Irei sempre ultrapassar os meus limites e elevar a qualidade das histórias. Conceber mais detalhes relativos aos personagens e cenários. Espero que os leitores não desistam de mim, pois eu não irei desistir de fazer o melhor para os entreter!

Descreve-te numa palavra: Introvertida. Não consigo imaginar alguém com mais timidez do que eu, a sério. Tenho um talento incrível em ficar quieta a ponto das pessoas esquecerem que ali estou! 

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