A narrativa começa em meados da década de 1930 na Alemanha, onde dois amigos; Alex e Nicholas, vivem de forma aristocrática e fazem criação de cavalos. Alex treina famosos cavalos para a Escola de Equitação Espanhola em Viena, mas as vidas destes homens estão prestes a sofrer uma grande transformação pois Hitler está a chegar ao poder.
O medo acomete-os quando descobrem que Nicholas tem sangue judeu e será preso e enviado para os campos de concentração, assim, é importante que Nicholas siga para outro país com a família, mas para isso precisa de alguém. Alex, por sua vez, escreve a John Ringling North e oferece-se para enviar o prémio Lipizzaner Stallions para o circo, isto, se Ringling Circus ajudar Nicholas, e lhe conceder a oportunidade de partir para os Estados Unidos da América.
Esta decisão acaba por separá-los, levando-os para lados opostos na busca pela sobrevivência. A história deles atravessa gerações e é incrível assistirmos à sua evolução, conhecer os seus sucessores e perceber como as suas vidas estão tão ligadas que acabam sempre por se voltarem a reencontrar.
Apesar de se tratar de uma obra de ficção, esta é repleta de factos históricos, aos quais não podemos ficar indiferentes. As personagens soam-nos reais e genuínas, é fácil gostar de cada uma delas, da sua construção, da forma como a autora tão bem as delineou.
Esta é uma história de esperança e coragem, de um amor e de uma amizade tão grande que conduz cada personagem por tantos caminhos diferentes, transformando-lhes as vidas, porém, unindo-as eternamente.
Fiquei imersa nesta narrativa, na escrita acessível, terna e doce da Danielle, no enredo e nas personagens. Gostei muito de conhecer a autora e esta sua obra e, é claro, espero poder lê-la novamente.
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