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"Sentimentos Sem Rosto Vol.II - Portugal" é a segunda obra do autor português, Joaquim Jorge Costa, publicada em 2018. No ano anterior, Joaquim publicou o primeiro volume desta trilogia, cuja ação decorria nos Estados Unidos.

Este é um livro de ficção que nos soa real pelos temas que aborda, por se tratar de uma narrativa coesa, marcada por emoções e sentimentos tão humanos, por levantar véus, por nos fazer questionar…

A ação decorre em Portugal, depois de no primeiro livro, a ação ter decorrido nos Estados Unidos. Começa com uma viagem em família à Covilhã. Filomena e a família viajam de Lisboa a Covilhã, e este pequeno universo em nada se compara com a capital, mas esta viagem tem um propósito maior do que aquele que o leitor pode imaginar. 

As arrelias entre os irmãos são uma constante e fazem as delícias do leitor que se diverte e revê em cada uma das personagens, por serem tão bem construídas e por partilharem de sentimentos que nos são tão próximos.

Este trata-se de um livro com uma energia pós-apocalíptica, em que o ser humano é testado, precisa de se readaptar a viver num mundo diferente daquele que conheceu. Focalizada num futuro não tão distante, as questões ambientais são aprofundadas, recordando-nos de alguns conflitos gerados em torno das mesmas não há muito tempo, na nossa vida real.

Devemos, sem dúvida, destacar a linguagem do autor; simples, direta, cuidada. É uma linguagem sem filtros, que nos absorve, que denota conhecimento, pesquisa e muita dedicação, o que é de louvar.

O livro está também marcado por subtis laivos de humor, o que o torna uma leitura ainda mais prazerosa.

Resta-nos congratular o autor por esta publicação e aguardar ansiosamente pelo terceiro volume que, certamente, nos irá igualmente surpreender. É uma boa aposta de leitura para as férias de verão.

«É difícil viver assim, não sei se algum dia me vou habituar! No entanto, há uma coisa que, por muito que tente, não entendo. Diga-me, se souber, como é que passadas três décadas nada mudou? Tudo piorou e não existe qualquer tipo de evolução. É que, tenho esta triste sensação de que o tempo parou e… ninguém faz nada?! – Indigna-se Filomena.» p. 146