Joaquina, seja bem-vinda a este espaço. 

É para mim um gosto e um privilégio estar presente neste espaço prestigiado de divulgação e promoção das obras de cada um de nós, levando, deste modo, a nossa cultura, a nossa literatura aos mais distintos horizontes.

É um gosto poder conhecê-la melhor e apresenta-la aos seguidores deste espaço, para começar: 
Como é que se iniciou na escrita? 
A escrita adveio do meu reconhecimento e admiração por seres de grande dimensão intelectual e/ou humana, que muito nos valorizam e engrandecem e a necessidade de deixar registado, para as gerações vindouras, o seu valor.
Assim escrevi primeiramente a obra: “A Vida de Médico” – história de vida de um grande médico de Alenquer, com um ficheiro de norte a sul do país, Dr. Cardoso Amaral. Mais tarde a obra “João Mário, O Menino Que Pintou o Seu Sonho” – a vida de um famoso pintor – Mestre João Mário – contada às crianças de todas as idades e que se encontra à venda no “Museu João Mário”, em Alenquer. 

São inúmeros os sentimentos que nascem no âmago do escritor. Quais aqueles com que mais se identifica?
São vários os sentimentos com os quais me identifico, no entanto, a amizade, a solidariedade, a paz, a partilha são a pedra basilar do amor, o sentimento maior que explica a minha vida e a mensagem presente na minha escrita.

O que é que a escrita mudou em si, enquanto pessoa? 
O percurso da escrita levou-me ao encontro de um universo maravilhoso, onde criei uma outra família, que por vezes se funde com a original: a família das artes: literárias, pictóricas, de representação, música, dança, etc. E com esta simbiose perfeita, o meu mundo enriqueceu-se  tornando-se maior, mais colorido e mais luminoso.

E enquanto escritora, o que tem aprendido?
A escrita trouxe-me conhecimento, levou-me a ter uma visão mais real do mundo que nos rodeia, que precisa de melhorar e a acreditar que a minha mensagem vai certamente contribuir para ajudar a mudar mentalidades no sentido da compreensão, do espírito de tolerância, da paz e do amor. 

Como definiria a escrita na sua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?
A escrita é algo que faz parte integrante de mim, a minha alma gémea, a que estou inevitavelmente ligada porque nasceu comigo; uma companheira inseparável com a qual convivo diariamente, dá voz à expressão dos meus sentimentos, às minhas emoções, é no fundo o meu outro “eu” que complementa a minha felicidade. 
Portanto, a Escrita é mais do que uma necessidade, do que um acaso, ou um passatempo.

Escreve sob o pseudónimo literário, Joaquina Contos. O que a levou a adotar este pseudónimo?
Como professora de literatura, enquanto docente, traçava o perfil biográfico dos autores, contextualizando a vida do autor com poemas ou excertos de textos narrativos. Mais tarde,  comecei a contar a vida dos autores também em tertúlias literárias. Consequentemente, nas redes sociais, começaram a chamar-me “Joaquina Contos”, que adotei como pseudónimo literário.

É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e, durante trinta anos, exerceu a profissão de professora. Esta área teve alguma influência na sua escrita?
Eu penso que nada é por acaso, tudo está intrinsecamente ligado. Primeiramente optei pelo curso de Línguas e Literaturas, influenciada pela vocação e gosto pelas mesmas. Posteriormente, como docente, sentia necessidade de presencialmente, (no quadro) criar textos para que os alunos vissem como se introduz, desenvolve e conclui um texto.  E foi esta a pedra toque para começar a escrever.

Escreveu, em coautoria, pequenas histórias de vida de autores como Alves Redol, Florbela Espanca, Luís de Camões, Almeida Garrett e Miguel Torga. Como correu essa experiência?
Foi uma experiência que deu continuidade ao meu gosto, como contadora de histórias que realizo ainda em eventos, como forma de enaltecimento de autores famosos, dos quais muito me orgulho.

COMPRAR LIVRO

Em outubro do ano transato publicou “As Palavras Que Sempre Te Direi”. Pode falar-nos um pouco sobre este livro?
“As Palavras Que Sempre Te Direi”, é uma obra composta por sonetos, onde está a magnitude do coração e da alma de uma mulher que, numa entrega total, pretende, expressar toda a grandeza do amor, presente no seu mais lindo sonho.

O que a inspirou a escrevê-lo?
O livro foi o culminar de um processo de escrita que tenho vindo a realizar, desde já há alguns anos.  Grande parte dos meus poemas são de rima livre, abordam diferentes temáticas, no entanto, ainda não foram publicados em livros. Porém, o tema dos poemas que constituem “As Palavras Que Sempre Te Direi” – conduziu-me aos sonetos – forma poética muito ligada ao amor.

Como têm reagido os leitores face ao seu trabalho?
Muitas pessoas adquiriram já a obra.  As críticas são, para mim, inesperadamente surpreendentes e um estímulo à criação. 

Se só pudesse ler apenas um único livro para o resto da sua vida, qual seria o privilegiado? 
Existem obras maravilhosas de autores clássicos e também atuais, de muito valor, mas pela mensagem distinta que a obra em si encerra e com a qual me identifico imenso, o meu livro preferido é ainda o “Principezinho”. 

Se tivesse de escrever num género diferente, a qual desafio se proporia?
Talvez contos, um género que muito aprecio, mas só o tempo o dirá, porque é ele que nos condiciona.

O que é que os leitores podem esperar de si para o futuro?
Nas minhas obras poéticas, o amor será sempre o poema melhor. Também os leitores terão sempre a minha amizade e a minha dedicação, que com amor lhes ofereço, porque nascem de mim.

Descreva-se numa palavra:
A palavra que devia caraterizar todo e qualquer ser humano é “Integridade”. 
Só na palavra “Integridade” me consigo rever.