Soraya, sê bem-vinda a este espaço. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar: Como é que te iniciaste na escrita?
Agradeço a oportunidade de compartilhar minha experiência na elaboração do meu livro “A Casa de Chá”. Desde que me formei em jornalismo tenho o sonho de escrever um livro. Acho que esse é o sonho de muitos jornalistas. Eu escrevi uma obra antes, “Santuários – Uma viagem aos locais sagrados da Cordilheira dos Andes”, que acabou se transformando em uma exposição fotográfica em vários locais no Brasil e, por isso, acabei desistindo de publicar. Acredito que esse era o destino do livro.
Quando me mudei para o Canadá mantive a minha assessoria de imprensa no Brasil por algum tempo. Mas, depois, ficou muito complicado manter um negócio de tão longe. Entrei em depressão e para me reencontrar comecei a escrever. A principio não achei que iria publicar um livro, mas a ideia foi crescendo. 

Qual o sentimento que te domina quando escreves?
Uma terapia, a minha forma de me reencontrar comigo mesma. 

O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
Eu encontrei o meu caminho rumo à liberdade e à felicidade.

E enquanto escritora, o que tens aprendido?
Nossa, muita coisa aprendi em todo o processo de elaboração do livro. Foram 3 anos de trabalho, pesquisas, edição. Não é fácil escrever um livro e é preciso muita dedicação para que toda a história faça sentido.

Como definirias a escrita na tua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?
Foi uma necessidade. Necessidade de me reencontrar. Necessidade de embarcar em uma jornada rumo á felicidade.

Formaste-te em Jornalismo. Esta área teve algum impacto na tua escrita?
Sim, com certeza. O jornalismo, a comunicação, está no meu sangue. Apliquei todo o meu conhecimento na elaboração dessa obra.
Desde 2007 que vives em Woodstock, no Canadá, embora tenhas nascido e crescido no Brasil. Estes lugares contribuem para a tua escrita de algum modo?
Sim, claro. Cada lugar que já tive a chance de conhecer me trouxe um aprendizado de vida, que eu procuro traduzir nesse livro.

Atualmente és professora de Yoga. O que te levou a enveredar por uma área tão díspar daquela em que te formaste?
Foi exatamente esse novo direcionamento que a casa de chá me trouxe. Ao terminar a trilha (ou o livro) eu revi toda a minha história e percebi que eu já não era mais a mesma pessoa. A minha história passada como jornalista e como executiva de sucesso na minha própria agência de comunicação ficou para trás. Foi bom, mas estava na hora de encontrar um novo caminho. 

O Yoga tem alguma influência na tua veia artística? 
Yoga me trouxe de volta a confiança, criatividade e alegria na minha vida. Foi um despertar que eu espero conseguir atingir os leitores para mostrar que sempre podemos encontrar novamente o caminho da criatividade e da felicidade.

Qual o género literário que eleges para a tua escrita?
A minha meta é mostrar que mesmo em uma condição desfavorável na vida podemos sempre buscar a felicidade. Por isso, eu acredito que seja uma inscrita de inspiração, de transformação. 

MAIS INFORMAÇÕES EM BREVE
Estás a preparar a publicação do teu primeiro livro, “A Casa de Chá”. falar-nos um pouco sobre este livro?
A Casa de Chá é uma obra para quem quer mergulhar em uma jornada de inspiração ao acompanhar a minha história de vida. Na procura por respostas e um caminho para a felicidade, eu entrei em uma trilha nas Montanhas Rochosas Canadenses para chegar até a Casa de Chá. Eu tinha tudo o que a maioria sonha – marido amoroso, casa espaçosa e confortável, segurança por viver em um país de primeiro mundo. Mas, a mudança de vida foi muito radical. De executiva de sucesso, na minha própria agência de comunicação, tornei-me dona de casa, enfrentando diversidade, solidão e frio. Ao iniciar a busca por inspiração, eu visualizei toda a minha trajetória e percebi que só alcançaria o meu destino se estivesse pronta para encarar os meus maiores medos.  Uma jornada rica em revelações na complicada aventura chamada vida.  

O que te motivou a escrevê-lo?
Eu estava perdida, sem saber o que fazer para reencontrar o meu caminho da felicidade. Escrever foi a minha terapia.

Como achas que este livro será recebido pelos leitores?
Espero sinceramente que o meu livro possa ajudar outras pessoas a também achar o seu caminho da criatividade, inspiração e felicidade. 

Se só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado?
“O Principezinho”, Antoine de Saint-Exupéry.

Se tivesses de escrever num género diferente do teu registo atual, a qual desafio te proporias?
Ficção.

O que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro?
O meu segundo livro!

Descreve-te numa palavra:
Corajosa.