Sandra, sê bem-vinda a este espaço. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar: Como é que te iniciaste na escrita?
Antes demais quero agradecer pela oportunidade de responder a estas questões.
Desde que me conheço que sou apaixonada pela escrita . Escrever liberta-me, faz-me voar, viajar, sonhar, amar... Muitas das coisas que escrevo são intuitivas e imediatas. Acontecimentos, pessoas, atitudes e sentimentos reais fazem-me escrever .

Qual o sentimento que te domina quando escreves?
Sentimento de tranquilidade, paz, amor e harmonia. É um misto de sensações boas que me invade ...

O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
A pessoa que sou deve-se ao facto de eu me permitir escrever. Eu aprendo a escrever.

E enquanto escritora, o que tens aprendido?
Tenho aprendido tanta coisa com aquilo que escrevo. Quando escrevo interiorizo como mensagens necessárias para a minha existência e sinto necessidade de transmitir essas mensagens aos outros.

Como definirias a escrita na tua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?
A escrita para mim é, sem dúvida, uma necessidade. Não vivo sem escrever. Escrevo diariamente.

Foi o nascimento do teu filho, Eduardo, que despoletou o desejo de escrever um livro. Porquê?
Foi o meu Eduardo que me deu a coragem e a força que precisava para editar um livro. Por ele, precisava mostrar à sociedade que uma diferença física não faz diferença alguma e que as pessoas devem ver essas diferenças como naturais, com amor, ...e no mínimo com respeito. Ao escrever o conto achei possível que pais e crianças abordassem o tema em casa, em família e chegassem à mesma conclusão que eu... diferenças são apenas características diferentes e na verdade todos somos diferentes.
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Publicaste o teu primeiro livro em julho de 2019, “O Coelhinho Dudu”. Podes falar-nos um pouco sobre este livro?
O livro fala de um coelhinho que nasce sem uma patinha, tal e qual o Eduardo sem uma das suas mãozinhas. Fala que tanto o coelhinho Dudu como o Eduardo irão fazer igualmente todas as coisas como os seus amiguinhos, no entanto poderá ser de um jeitinho diferente.
Esta é sem dúvida a principal mensagem do livro. O Pai sol e a mãe Lua são apaixonados pelo Dudu e amam todos os seus coelhinhos de igual forma .
Acrescentei ao conto alguns textos e poemas que tenho escrito ao Eduardo desde que ele nasceu, textos esses que partilho com outras mães com filhos com as mesmas características de forma a acalmar os seus corações.

O que te motivou a escrevê-lo?
Foi sem dúvida o meu Eduardo. Gostava que com o livro, todas as questões fossem agora para mim enquanto mãe. Que o caminho do Eduardo fosse livre de perguntas e comentários que o possam deixar triste ou fragilizado.

Como foi a reação dos leitores face a esse projeto?
Na verdade o feedback que tenho tido são de pessoas mais próximas. E é bastante gratificante. O que me deixa feliz é abordarem o Eduardo com o conhecimento do livro e não fazerem questões acerca da sua mãozinha.

Sentes que tens a missão de falar sobre a diferença, de mostrar que há beleza nela. É na escrita que encontras a possibilidade de o fazer?
Sim, desde que o Eduardo nasceu que descobri que a minha missão de vida passava por transmitir aos outros que a diferença é beleza, e só depende da forma como a olhamos. Acredito que o Eduardo me escolheu já com esse propósito. "Os filhos escolhem os pais, não os pais que escolhem os filhos."
É a escrita que me permite chegar mais longe com a mensagem .

Se só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado?
A Bíblia.

Se tivesses de escrever num género diferente do teu registo atual, a qual desafio te proporias?
Gosto de desafios e já fui convidada a escrever alguns temas que estão em coletâneas da Chiado. Foram 3 temas diferentes "liberdade", "sonho de Natal" e agora recentemente "uma carta de amor". Tenho o desejo de um dia editar "Pensamentos Meus" que são intuições minhas que precisam com frequência (diariamente) serem colocadas cá para fora .

O que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro?
Podem aguardar pelo próximo coelhinho Dudu um pouco mais elaborado que o primeiro e com frases reais da nossa sociedade. Se Deus me permitir, ele sai .

Descreve-te numa palavra:
Sentimental