A Raposa, de Frederick Forsyth (COMPRAR AQUI) é um thriller recentemente publicado sob a chancela da Bertrand Editora.

Nunca li nada do autor anteriormente, mas gostei da obra, gostei da forma como o autor abordou a espionagem tecnológica dos tempos atuais, sem cair em exageros ou clichés.

Forsyth apresenta-nos Adrian Weston, um agente britânico aposentado da Guerra Fria, que tem em mãos um grande caso de espionagem para solucionar. Uma ameaça cibernética poderá provocar danos a nível mundial e Adrian é incumbido por Inglaterra de impedir que tal se suceda.

Contudo, quando o hacker é identificado, todos ficam intrigados. Este trata-se de um adolescente britânico com síndrome de Asperger, o que torna tudo mais complexo, mas ainda mais interessante. Este também é um dos pontos fortes da obra, nunca li nada anteriormente que falasse a propósito desta Síndrome e gostei do facto do autor a ter abordado e explorado.

Gostei muito da construção destas personagens, coesas, reais e empolgantes, numa narrativa bem estruturada e direta, que nos absorve.

A narrativa acompanha, portanto, a história destes protagonistas, que se cruzam e arrastam os leitores para um mundo sombrio e perigoso, ao qual nem todos resistem. 

Agentes duplos, atiradores russos e projetos secretos são alguns dos ingredientes desta obra, cuja ação decorre entre Moscovo, Londres, Estados Unidos e Coreia do Norte.

Este é um thriller diferente e apelativo, que seguramente conquistará muitos leitores. A linguagem do autor denota bastante pesquisa e a abordagem que faz aos temas é concisa e agradável, mantém o leitor atento e ávido. 

É um thriller diferente dos que tenho lido, e achei muito interessante o foco principal da obra, a espionagem tecnológica, foi a minha primeira experiência com uma leitura do género e quero repetir. Sobre o autor, confesso que fiquei curiosa para conhecer outras das suas obras, é com certeza, uma boa aposta.

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