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Identidade de Género é uma obra da autoria de Maria Helena Costa, entrevistada cá no blogue anteriormente (ler entrevista aqui), publicada pela Emporium Editora.
Este livro é o resultado de uma pesquisa extensa da parte da autora e assenta sobretudo em documentos, dados e factos por ela investigados que visam explicar o que é a identidade de género e o que tal ideologia pressupõe de "perigoso" para a nossa atual sociedade.
A ideologia de género é um tema que, por si só, não é fácil e requer um certo cuidado no seu tratamento, uma vez que temas deste foro melindram, de certa forma, o individuo.
Gostei da escrita acessível da autora que facilita a leitura, escrita essa que aliada aos dados por ela apresentados e pelos capítulos curtos permitem que a leitura flua com naturalidade.
No entanto, de um modo geral, não gostei desta abordagem, a autora deveria ter tratado este tema de uma forma mais imparcial e mais assertiva. A autoria cria analogias entre dados e versículos da Bíblia que, de certa forma, acabam por descredibilizar a pesquisa, talvez não devesse ter dissertado tanto sobre a religião.
Gostaria que a obra, em si, tivesse uma perspectiva menos religiosa, porque embora eu também acredite em Deus e seja religiosa, creio que esta visão da ideologia de género voltada sobretudo para a religião acabará por influenciar negativamente o leitor, principalmente aqueles que não têm relação com qualquer religião ou possuam uma crença diferente da crença da autora.
A dada altura da leitura senti quase que estava a ler uma teoria da conspiração, senti que a autora tentou impor a sua visão de um modo exagerado, uma vez que assuntos desta dimensão merecem uma abordagem mais especifica.
Atualização: Esta análise não é preconceituosa, é imparcial e honesta, sem qualquer pretensão de ofender ou atacar a autora e a sua fé. Esta análise não se foca no tema do livro, mas sim na sua abordagem e na escrita da autora, portanto, qualquer que seja a minha opinião sobre a ideologia de género, a mesma não influenciou a análise nem tampouco está presente na mesma. Se, futuramente, for da minha vontade escrever sobre a ideologia de género utilizarei o espaço apropriado para tal, a rubrica das crónicas. Esta análise também não descredibiliza a pesquisa da autora, a qual parabenizo pela dedicação.
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