Maria
Helena, sê bem-vinda a este espaço. É um gosto poder conhecer-te melhor e
apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar: Como que é que te
iniciaste na escrita?
Desde criança que amo ler e
acredito que a escrita surgiu devido a essa paixão por livros. Há alguns anos,
com o advento da Internet, criei Blogs no Sapo e comecei a escrever com o
intuito de levar o evangelho a mais pessoas. Quando fiquei desempregada decidi
pegar em alguns desses textos, adaptá-los e passá-los para livro. Enviei-o a
uma amiga e ela aconselhou-me a procurar uma Editora. Foi o que fiz e daí para
cá não parei de escrever.
Qual
o sentimento que te domina quando escreves?
Alegria e dever! A alegria de
partilhar o Evangelho, a História da fé cristã, a Bíblia (tão ignorada por um
povo que se afirma cristão) e experiências de vida. O dever de alertar as
pessoas contra as falsas doutrinas e ideologias nefastas.
O
que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
Nada! Jesus Cristo mudou tudo em
mim e é isso que procuro passar para o que escrevo.
E
enquanto escritora, o que tens aprendido?
Muito! Tenho aprendido a ser mais
paciente, mais gentil, e a depender cada vez mais de Deus. Também aprendi que é
quase impossível chegar a uma editora conceituada e que as editoras
conceituadas não editam livros politicamente incorrectos ou de ilustres
desconhecidos. Como não sou figura pública, nem escrevo romances, o mercado é
ainda mais difícil, mas o caminho faz-se caminhando.
Tens
algum ritual de escrita?
Muito estudo! O que escrevo é
fruto de muita pesquisa e de muito estudo. Não consigo ter um plano/ritual de
escrita, pois só consigo escrever quando o pensamento flui e as ideias surgem.
Apesar de escrever sobre factos históricos e doutrina, preciso manter uma
conversa fluída com o leitor e nem sempre estou com disposição para longas
conversas.
Estudas
e escreves sobre Religiões e Seitas à luz do Cristianismo bíblico e
histórico e és também investigadora nas áreas de Religiões e Seitas, História
e História da Igreja. Qual o impacto que a religião tem no teu trabalho
enquanto escritora?
Sou cristã. Antes de qualquer
outra coisa, sou cristã. Como tal, o meu trabalho como escritora tem que ser
rigoroso, honesto e teologicamente bíblico. Infelizmente, há pessoas que pensam
que só porque alguém é cristão não está habilitado a falar sobre o que quer que
seja, pois vê o mundo com “óculos religiosos”. A grande verdade é que todos vêm
o mundo com “óculos” e escrevem de acordo com a sua cosmovisão de mundo,
religiosa, ou não.
E
enquanto pessoa?
Religião vem do termo re-ligare e
significa: caminho ou ponte, que o homem constrói na tentativa de chegar a Deus
e obter o Seu favor. Cristianismo é o oposto. Deus busca o homem perdido, morto
em delitos e pecados, incapaz de se voltar para Deus. Jesus Cristo, o Filho
amado enviado pelo Pai, é o único caminho para Deus. Ele veio a este mundo para
salvar e buscar o que se havia perdido, morrer em lugar de miseráveis pecadores,
como eu, e, graciosamente, por meio do seu sangue derramado na cruz do
Calvário, salvar alguém tão indigno como eu. Ele mudou a minha vida. Amou-me,
chamou-me, ressuscitou-me e deu-me um novo coração. Ele é a minha religião —
aquEle que me liga ao Pai, o Deus Todo-Poderoso, Criador dos Céus e da Terra —
o único que pode restabelecer a comunhão [religião = re-ligare] do ser humano
com Deus e intercede diante do Pai, instantemente, pelos seus. Ser cristã é
viver em, e para Cristo, ser sua imitadora e viver de forma que Lhe seja
agradável, confiando que nada foge ao seu plano e propósito para a humanidade e
que estou segura em Suas mãos, aconteça o que acontecer, na vida e na morte.
Jesus Cristo mudou meu viver. Ele chamou-me para ser sal e luz neste mundo. Vivo
para O glorificar, escrevo para que mais pessoas O possam conhecer e também
para denunciar as astutas ciladas do Diabo.
Publicaste
recentemente, “Identidade de Género”. Podes falar-nos um pouco sobre este livro?
Este livro é o resultado de mais
de quatro anos de estudo intensivo (daria para tirar um mestrado) sobre um
assunto, que, até a mim, parecia ser mais uma “teoria da conspiração”, mas que
veio a revelar-se a mais terrível realidade a ser enfrentada pela família. Na
verdade, o livro é sobre a ideologia do género. “Identidade” e “igualdade” são
duas das máscaras usadas para impor uma ideologia desconstrutivista na Escola,
violando gravemente a Constituição da República Portuguesa e o direito dos pais
à educação moral e religiosa dos seus filhos.
O
que te fez debruçar sobre um tema tão complexo como este?
Complexo? Não é assim tão
complexo quando o analisamos à luz da verdadeira Ciência e da Biologia, sem nos
deixarmos iludir por jargões, que até parecem piedosos, e que vêm sendo repetidos
e promovidos até à exaustão. Ler a triste realidade do que acontece nos países
onde esta ideologia foi imposta há mais tempo e os resultados nefastos que tem
provocado em crianças, que não têm como se defender desta ideologia de adultos,
para adultos, fez-me debruçar sobre este tema. Quando se erotizam/sexualizam
criancinhas desde a mais tenra idade, dispara o número de crianças confusas
quanto à sua sexualidade e que começam a ter experiências sexuais demasiado
cedo. Por exemplo, o Reino Unido está a viver um surto de crianças transgénero,
que não obedecem aos pais, e o número de crianças diagnosticadas com depressão
disparou 4000% (não, não me enganei nos zeros) em apenas 4 anos. Graças a Deus,
já houve 5 países que tiraram a ideologia do género das Escolas e, acredito que
quando os pais perceberem exactamente o que se está a passar, expulsaremos esse
cancro da Escola e salvaremos as nossas crianças de uma ideologia totalitária e
totalmente intolerante.
E
como tem sido a reação dos leitores face a este trabalho?
Excelente! Estamos a preparar a
2ª edição e tenho recebido um bom feedback dos leitores.
Já
realizaste outros trabalhos no âmbito da escrita? Quais?
Sim. “Espiritismo – Lógica?
Razão? Coerência?”; “Todas as coisas me são lícitas…”; “Quem é? – Abra a porta
ao mundo secreto das Testemunhas de Jeová e saiba o que elas não lhe dizem”;
“Nascidos Católicos”; “Órfãos de pais vivos” e “SE Deus existe…”
Quais
os temas que gostas de abordar quando escreves, para além daqueles que podemos
encontrar nos livros já publicados?
Para além dos livros que já
escrevi, sobre temas que amo abordar, estou a pensar escrever sobre o feminismo
e a feminilidade.
Se
só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o
privilegiado?
A Bíblia. Leio-a todos os dias,
na companhia do Autor.
Pensas
em publicar novamente?
Sim, e já tem título: “Nascer,
morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.” – SERÁ?
Se
tivesses de escrever noutro género literário, a qual desafio te proporias?
Nunca pensei nisso. Só sei que
não seria poesia. Rimar não é comigo, sou mais prosa.
O
que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro?
O que podiam esperar desde que
comecei a escrever: autenticidade, verdade, coragem e amor. Amar, é dizer a
verdade.
Descreve-te
numa palavra:
Cristã.
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