António Manuel Palhinha
Hoje, dia 23 de abril, celebra-se o Dia Mundial do Livro e eu trago aos seguidores do blogue uma entrevista realizada ao autor de "No Silêncio das Palavras", António Manuel Palhinha.


Olá, António. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar: Como que é que te iniciaste na escrita?
- Olá! Eu diria que me iniciei na escrita pela mão de minha mãe, quando ela me ajudava com as suas delicadas mãos a desenhar as letras e a suportar o peso do lápis. Logo nessa altura, sem perceber, comecei a interiorizar a importância das letras e das palavras que deixamos aos outros. Aos 10 anos aventurei-me a escrever versos e poemas. A partir dos 28 aventurei-me noutros géneros literários: conto infantil, romance, prosa poética, ficção. Hoje já na ternura dos 50, acrescentei a crónica e o conto para adultos.

Qual o sentimento que te domina quando escreves?
- Não se trata apenas de um sentimento, mas sim, de vários sentimentos e emoções que me envolvem quando escrevo. Dizer que só um sentimento me domina seria muito redutor, penso que na minha escrita está bem patente essa mistura de sentimentos e emoções que me elevam no momento da minha criação literária. Mas, escrever na língua Portuguesa é para mim motivo de muito orgulho. Muitas pessoas não imaginam sequer, mas trata-se da quarta língua mais falada no mundo, a mais falada no hemisfério sul. Muitas Universidades por todo o mundo possuem cursos de língua portuguesa: Rússia, Hungria, Japão, China, são apenas alguns exemplos. A língua portuguesa é falada em todos os continentes. Existe uma pequena cidade no médio-oriente onde só se fala a língua portuguesa. Isto é extraordinário e os nossos jovens precisam saber do valor e importância da nossa língua no mundo.

O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
- A escrita mudou em mim a perceção do meio que me envolve e a sensibilidade com que interajo com esse mesmo meio e pessoas. Se já era observador, passei a ser ainda mais observador; se já era exigente comigo mesmo, passei a ser ainda mais exigente, mais seletivo. Mas acima de tudo, passei a estar mais atento ao pormenor das coisas, a ser um melhor leitor, a ter mais conhecimento, a pensar e a ser mais crítico. Não apenas e somente pela crítica em si mas pela crítica com substância e de forma construtiva. A escrita fez de mim um ser humano mais forte, menos vulnerável.

E enquanto escritor, o que tens aprendido?
- Enquanto escritor tenho aprendido muito! Um escritor tem de ler muito, pesquisar, observar, aprender, evoluir, estar atento ao pormenor. Não se contentar somente com o superficial. Tem de aprender a conhecer e adaptar-se a novos meios e novas realidades. Enfim, aprendi o valor das palavras, o silêncio que elas possuem e o poder que encerram. Uma simples palavra pode desencadear uma guerra, assim como, pode trazer paz ao mundo. Hoje, as palavras, apesar do poder que possuem, ao serem proferidas por pessoas sem ética, honestidade e sinceridade são inúteis, desprovidas de valor, deixam de fazer sentido, provocam o caos, a incerteza, o desamor, propagam a fome, quando assim é revestem-se de perigosidade. Como escritor tenho de ter sempre presente um universo de complexidades e de entendimentos que as palavras que deixamos aos outros podem ter. Podem marcar a diferença do tudo ou nada para um leitor seja ele adulto ou criança em qualquer parte do mundo.

Tens algum ritual de escrita?
- Não considero ter um ritual de escrita. Nunca me preocupei com rituais, formalidades ou o que quer que seja nesse âmbito, sou desprendido dessas coisas. Apenas gosto de estar só com a minha escrita, não gosto que leiam o que escrevo antes de ter terminado, escrevo em papel ou no computador. A mesa está sempre um caos “organizado” que só eu entendo, com muitos livros, papéis rabiscados, apontamentos, muitas canetas e de preferência de cor preta.

Como definirias esta arte na tua vida?
- A arte da escrita na minha vida é como um dos meus sentidos! Não me vejo sem escrever, mesmo que seja só em pensamento e não no plano real. Esta é uma pergunta a que respondo no meu último livro de uma forma diria poética.

A escrita é para ti, uma necessidade ou um passatempo?
- A escrita para mim é uma necessidade e um passatempo, as duas coisas interligam-se para a composição dos meus textos. Como uma necessidade para refletir, conter a ansiedade, sonhar, alimentar o meu ser ávido de conhecimento, porque a escrita obriga-me a pesquisar, a ler, refletir; e como passatempo para preencher momentos de vazio.

Começaste por publicar dois contos infantis e seguiram-se, entretanto, duas obras de cariz poético e onde a prosa também está patente. O que te levou a enveredar por géneros tão distintos?
- Comecei por publicar conto infantil, por sugestão de um expert de uma editora. Poderia ter começado pelo romance, ou crónicas, ou ainda poesia. Tenho várias obras escritas não publicadas, foi uma opção no momento. Se soubesse o que sei hoje teria começado a publicar mais cedo e a dar ouvidos a sugestões de alguns amigos. Mas, muito poucos sabiam que eu escrevia até mesmo na família, e a minha timidez em expor-me ao mundo através da escrita também me tolheu nessa vontade. Acho que ainda vou a tempo de dar a conhecer a minha obra à humanidade. Quero viver até aos 120 anos (risos) para continuar a escrever e ter tempo para ainda receber a “reforma” ou uma “pensão”, pelo andar das coisas só me vou conseguir “reformar” ou “aposentar” aos 80 anos, fico com ainda 40 anos para usufruir da “fortuna mensal” que irei receber (Muitos risos). Este último livro publicado, embora o título possa sugerir ser uma obra poética, é um trabalho de uma forte intensidade literária, algo intimista, que contém um universo de emoções e sentimentos muito profundos. É um apelo à reflexão, ao despertar de consciências nos leitores, é um estimular dos sentidos.

Podes falar-nos um pouco sobre essas obras voltadas para os mais pequenos?
- Foram dois os livros para os mais pequenos já publicados. O primeiro cujo título é “O Menino que Sonhava com as Letras” foi publicado em 2014. Foi adaptado ao teatro no Brasil e recebeu uma carta de elogio de Sua Santidade o Papa Francisco. Este livro “surge” depois de contar uma história ao meu filho mais novo quando se foi deitar. Após terminar a história ele ajoelha-se na cama, coloca as suas mãos no meu rosto, e olhando nos meus olhos diz o seguinte: «Pai, quando tu fores velhinho e eu já souber bem as letras, também te vou contar histórias quando te fores deitar…» Esta frase ficou a agitar-se na minha memória. Pensei que o meu filho nessa noite iria sonhar com as letras e aprender a ler e a escrever nos sonhos. Essa ideia foi o fio condutor para o enredo do livro. O segundo livro “O Espantalho Espanta Milharucos” embora a sua publicação seja em 2015, já tinha sido escrito para uma atividade no jardim-de-infância onde a minha filha estava no ano de 2000. Portanto, já faz 19 anos. É um livro que aborda a temática do bulying, do preconceito, da indiferença, racismo, etc. Sublinho que foi há 19 anos atrás ainda não se falava de bulying em Portugal. Este livro foi também adaptado ao teatro no Brasil. Em Portugal, está a ser utilizado este ano lectivo de 2018/19 numa escola em Massamá - concelho de Sintra - pelo gabinete de psicologia dessa escola. Propõe-se sensibilizar os mais jovens para estas problemáticas sociais e incutir nas crianças algumas competências comportamentais. É um livro em prosa poética cujos diálogos dos personagens são em verso. Tem ainda, uma atividade associada que me proponho a ensinar aos professores e a realizar com as crianças. Estas duas obras literárias foram a base de apreciação do meu trabalho literário no género infantil, que me valeram o prémio de melhor autor de livro infantil no Estado de Santa Catarina no Brasil, atribuído pela Associação Internacional de Escritores e Artistas. São dois livros que, para além das várias vertentes didáticas que se lhe podem atribuir, possuem ainda a particularidade de lhes ter acrescentado páginas em branco, onde convido as crianças a ilustrar ou a realizar outras ações nessas páginas, como forma das incentivar a interagir com o livro e a estimular o gosto pela leitura. Infelizmente, nunca integraram o Plano Nacional de Leitura. Nem tenho provas apresentadas pela editora que alguma vez tenham sido propostos ao júri do mesmo. Lamento também que a editora não tenha efetuado um trabalho de divulgação alargado dos livros.

Realizas projetos também relacionados com esse público. Quais são eles?
- Um projeto que realizei para as crianças, mas que também se pode adaptar a jovens e adultos com grau de analfabetismo chama-se «SONHAR COM AS LETRAS» Foi implementado no Brasil através da Associação Cultural Barão de Ayuruoca, numa cidade do interior do estado do Rio de Janeiro que, integrou a peça de teatro infantil do livro O Menino que Sonhava com as Letras. Infelizmente, com o falecimento da Presidente da associação, e simultaneamente diretora e produtora da peça o projeto está parado por falta de apoios. No entanto, ainda percorreu 4 cidades das 10 cidades previstas do interior do Rio de Janeiro tendo alcançado mais de 800 crianças, jovens e adultos no ano de 2017. Em Portugal nunca recebeu apoios.

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Recentemente publicaste “No Silêncio das Palavras”. Podes falar-nos um pouco sobre este livro?
- No Silêncio das Palavras – Fragmentos de Mim é o meu mais recente trabalho literário. É um livro, como já referi anteriormente, embora o título possa sugerir ser uma obra poética, é um trabalho de uma forte intensidade literária, algo intimista, que contém um universo de emoções e sentimentos muito profundos. É um apelo à reflexão, ao despertar de consciências nos leitores, é um estimular dos sentidos. É um livro onde faço exercícios de contemplação de reflexão sobre as ações humanas. É composto por crónicas que nos fazem refletir sobre a necessidade em despertar para os sentidos, um apelo à consciência humana, para o papel que o livro enquanto objeto pode ter no presente e no futuro. É uma crítica a praticas menos éticas, à hipocrisia social e institucional. Um livro em que as palavras escondem silêncios do autor, desperta memórias, sentimentos e sentires nos leitores. Um livro para fazer pensar, algo a que estamos a ficar desabituados de fazer – pensar por nós próprios.

De todas as pessoas que leram a tua obra, qual aquela que mais te marcou? Porquê?
- De todas as pessoas que leram a minha obra as que mais me marcaram foram três. A minha mãe, que me metamorfoseou de “escrevinhador de palavras” para escritor. O meu pai, que com apenas a 2º ano (antiga 2ª classe) compunha versos e poemas de memória com uma facilidade estonteante, e pouco sabia ler ou escrever; e uma menina que um dia conheci numa livraria, cujo nome apenas fiquei a saber chamar-se Leonor, a quem ofereci o livro “O Menino que Sonhava com as Letras”. Esta criança, de cabelo castanho, olhos igualmente castanhos de um brilho enternecedor, teria na altura cerca de 7 anos, um dia sentou-se no chão ao meu lado e começou a ler um livro, após alguns minutos o pai chamou por ela para saírem da livraria. Via-se que aquela criança adorava os livros, tinha sede de conhecimento e subitamente pediu ao pai para lhe comprar um livro. O pai recusou argumentando que não tinha dinheiro, ao que ela retorquiu dizendo «o pai não tem dinheiro par me comprar um livro mas para tabaco tem…» Aquele queixume caiu sobre mim como uma bomba. Abordei então aquele pai e perguntei se me autorizava a que oferece-se um livro à Leonor, inicialmente o senhor recusou, julgando, certamente, que me propunha a comprar o livro. No entanto, disse que era o meu livro que pretendia oferecer e que tinha comigo dentro de um pequeno saco. As pessoas ali presentes tal como eu ficámos expectantes a aguardar qual iria ser a resposta, e o senhor aceitou. Foi então que autografei o livro e entreguei à Leonor. Aqueles pequeninos braços envolveram o meu pescoço e fui premiado com um abraço e um beijinho. Até hoje nunca mais tive o prazer de reencontrar essa menina e o pai naquele local. Este episódio está relatado neste meu mais recente livro O Silêncio das Palavras – Fragmentos de Mim.

Quais os trabalhos que já realizaste no âmbito da escrita, para além destas obras?
- Para além destes meus quatro livros publicados já participei em cinco antologias poéticas Luso-Brasileiras, uma enciclopédia bilingue de autores Luso-Francesa, duas obras poéticas com vários autores em Portugal, entre várias crónicas e artigos publicados em revistas literárias e culturais no Brasil e Suíça.

A tua escrita é ficcional ou tem conotação pessoal?
- A minha escrita, até ao momento, para além de ter uma conotação com factos reais tem também com experiências pessoais. No entanto tenho alguns dos meus textos onde a ficção e a realidade se entrecruzam convidando o leitor a partir à descoberta do que é real ou ficcional, podendo uma e outra coisa serem a mesma. Mas, é como já referi, sendo o escritor, obrigatoriamente, um espirito observador e atento, um acontecimento real pode ser ficcionado ou não e vice-versa.

Como encaras o processo de edição em Portugal?
- Pergunta perigosa (risos). O processo editorial em Portugal evoluiu muito nos últimos anos, Porém, com ele também evoluiu muito oportunismo, falta de ética e respeito para com o trabalho do autor. É um tema que, por si só, é delicado. Não só porque tem muitos profissionais que são honestos, íntegros, trabalham com ética e amor à arte da escrita, mas também tem muitos que só pensam em enriquecer e fazer dinheiro com o talento dos autores. É como em todas as profissões. Por exemplo: Uma editora que simplesmente não acusa o recebimento do original de um autor, mesmo que este seja de fraca qualidade literária ou não se enquadre na sua linha editorial, demonstra uma atitude reprovável e pouco ética. Podem argumentar que recebem milhares de originais para avaliar, mas, com a atitude do silêncio só demonstra desrespeito, indiferença, abre portas a que, outras editoras se aproveitem e iludam o autor sobre a qualidade do seu trabalho. Temos também situações de extraordinários autores ainda desconhecidos com obras soberbas de excecional qualidade literária que, são publicadas, e bem, por pequenas editoras mas depois não têm a devida visibilidade no mercado livreiro. Então caímos no absurdo de ter autores conhecidos que o marketing “fabrica” com qualidade duvidosa a vender muito, e outros autores desconhecidos de extraordinária valia que não conseguem ter os seus livros nas montras das livrarias. É evidente que tudo se move em torno do lucro, do dinheiro, de interesses e lobbies do mercado. Mas, quanto a esta questão fico-me por aqui, para não ferir suscetibilidades de gente com egos inflamados. Um livro até chegar às mãos de um leitor passa por um processo de elaboração muito complexa. Começa logo pelo tempo, o processo criativo, a pesquisa, a reflexão, o estudo e talento do autor para produzir escrita, o registo da obra para a proteção dos direitos autorais que é um valor que nem vou divulgar, é absurdo! O processo de revisão, paginação, capa, etc., impostos, divulgação, distribuição, enfim, tudo isto, para ser feito com rigor e profissionalismo demora meses ou mesmo anos. Já para não falar do orçamento que é atribuído pelo estado à cultura que, diria é anedótico, ofensivo de tão diminuto que é. E se levar-mos em conta que muitos dos turistas que visitam Portugal cruzam as nossas fronteiras para conhecerem a nossa cultura, então, deixa de ser ofensivo para ser vergonhoso. Mas vamos a outro aspeto. Na maioria dos casos o escritor só vê ressarcido o valor do seu trabalho anos depois. Se os leitores soubessem que, dependendo do livro que escreve, o escritor (não todos) em média recebe por cada livro um euro, já podem imaginar quem faz fortuna com a criatividade e o talento dos Escritores/Poetas/Romancistas/Novelistas. Acho que já falei demais e muito ainda fica por dizer. Aos que lerem esta entrevista desculpem a minha frontalidade. Não posso faltar à verdade numa matéria que é tão sensível.

Além da escrita, que outras paixões, nutres que te completam enquanto pessoa?
- As outras paixões que me preenchem enquanto pessoa é acompanhar o crescimento e evolução dos meus filhos, estar em família, viajar, conhecer outros locais outras culturas, conhecer trabalhos de outros colegas, ajudar o meu semelhante dentro das minhas possibilidades, honrar os meus compromissos, sonhar, amar, escutar o silêncio e o que ele tem para me dizer, observar a natureza, ouvir o mar, sentir o cheiro da terra molhada, não esquecer que um dia fui criança e, embora não seja apenas estas as coisas que me preenchem, manter bem viva a minha consciência humana.

Já foste condecorado com diversos prémios nacional e internacionalmente. Quais foram eles?
- Já fui condecorado e homenageado no estrangeiro! Em Portugal ainda não. Talvez, um dia, quando for quase, quase, quase… prémio Nobel de Literatura isso desperte a consciência nacional para o meu trabalho literário (Muitos risos). Das condecorações que recebi destaco A medalha de Mérito Cultural Austregésilo de Atayde - Em prol do engrandecimento da Cultura Luso – Brasileira – no Rio de Janeiro; Condecorado com a Comenda Honorifica Barão de Ayuruoca - Instituto Cultural Barão de Ayuruoca pelos relevantes serviços prestados à Cultura e bem-estar de toda a Sociedade Luso-Brasileira; Condecorado com a Comenda da Paz Nelson Mandela - Por Serviços Prestados à Humanidade, através da INFLUÊNCIA INTELECTUAL, CIENTÍFICA E ARTÍSTICA – em São Paulo; Condecorado com a Comenda Honorifica Conde Phellipe Cheverny - França – em Honra e Reconhecimento de Valor Artístico; Agraciado com a medalha e diploma no Grau de Embaixador Cultural da Divine Académie Française des Arts Lettres ets Culture – Paris. Tenho a honra e o privilégio de ser membro em algumas academias de letras e organizações culturais em Portugal, Brasil e França.

Quais os temas que gostas de abordar quando escreves?
- Gosto de abordar quase todos os temas exceto temas de ordem politica e religiosa. Tenho obviamente as minhas convicções mas não faço na minha escrita, por agora, abordagens nessas vertentes.

Para quando, os teus leitores, poderão esperar um novo livro?
- Uiii…! Para quando um novo livro?! Por agora estarei a trabalhar na divulgação e promoção deste meu último livro «No Silêncio das Palavras – Fragmentos de Mim». Estarei presente num painel de escritores na VII Edição da Bienal de Culturas Lusófonas em Odivelas no dia 24 de Maio. Dia 25 farei a apresentação deste meu trabalho literário com sessão de autógrafos também no mesmo evento. Depois, embora ainda careça de confirmação, estarei na Feira do Livro de Lisboa. Mas posso adiantar que, estou a preparar mais uma surpresa. Embora já tenha várias obras escritas de alguns anos que ainda não foram publicadas, esta necessidade e prazer da escrita, o ocupar algum do meu tempo como um passatempo a escrever, obriga-me a ter sempre por perto caneta e papel.

Imagina a tua vida sem a escrita, como seria?
- A minha vida sem a escrita simplesmente não seria! Não me imagino sem escrever e não imagino o mundo sem livros. Neste meu livro «No Silêncio das Palavras- Fragmentos de Mim deixo bem claro essa minha disposição quando digo em alguns textos, e passo a transcrever: «Em tudo o mais que agora artesão das letras deixo por aventurar ao mundo, perdura o lamento do que o esquecimento me roubou.» Ou esta frase «Escolho ser escritor, mesmo que à fome isso me obrigue».

Apenas numa palavra, descreve-te:
- Pedir a um escritor e poeta para se descrever numa só palavra é amordaçar o seu grito. É como pedir ao universo que se represente numa só partícula. Eu diria que me descrevo como um ser único e irrepetível nesta complexa imensidão do universo que nos comporta, nesta infinidade de matérias e não matérias. 


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