Sinopse
O cruzeiro prometia ser sublime. Mas logo depois de levantar a âncora, o luxuoso Queen Charlotte torna-se o palco de um misterioso assassínio: o de Lady Em, uma rica octogenária. O seu inestimável colar de esmeraldas, supostamente pertencente a Cleópatra, desapareceu... O culpado está, sem dúvida, a bordo. Mas quem é? O seu secretário aparentemente dedicado? O jovem advogado que queria persuadir Lady Em a devolver o colar ao Egito, enquanto seu legítimo dono? Ou Celia Kilbride, a gemóloga que se relacionou com a velha senhora?
A lista de suspeitos cresce enquanto o Queen Charlotte rasga as ondas e o cruzeiro se transforma em drama. Preparemo-nos para embarcar num cruzeiro capitaneado por uma surpreendente Mary Higgins Clark e do qual é possível não regressar.
Avaliação: 5 de 5 ⭐
Opinião
Mary Higgins Clark é autora de mais de trinta romances de sucesso. Apesar do nome sonante de Mary sempre me ter despertado imensa curiosidade, «Negro como o Mar» (COMPRAR AQUI), título publicado pela Bertrand foi a minha estreia com a autora e, claro, não poderia estar mais satisfeita.
Sou aficionada pelos thrillers e pelos romances policiais, o que, provavelmente, ajudou na leitura desta obra, no entanto, a escrita da autora conquistou-me. Uma escrita simples, acessível e escorreita.
A narrativa bem-estruturada e coesa é um dos pontos fortes deste livro. Os capítulos são curtos e, para mim, este é um ponto muito positivo. A leitura torna-se fluída e não nos aborrece, cada capítulo está bem pensado e preparado.
Somos, logo nas primeiras páginas, apresentados ao Queen Charlotte, um navio cruzeiro de luxo, comparado ao Titanic e ao Queen Mary. Na viagem inaugural do Queen Charlotte, o seu dono, Senhor Morrison, espera que tudo corra de um modo perfeito, mas contrariamente ao expetável, um misterioso assassínio acontece, perturbando a paz dos tripulantes.
Neste cruzeiro estão Lady Emily Haywood, que anunciara que levaria consigo o seu colar de esmeraldas que se acreditava ter pertencido a Cleópatra. Lady Em viaja acompanhada pela sua assistente pessoal, Brenda, e o seu consultor financeiro, Roger. Celia Kilbride, uma reconhecida gemóloga, convidada para dar palestras no decorrer da viagem. Acredita-se que Celia possa estar envolvida numa fraude com o antigo namorado. Anna DeMille que ganhou a viagem numa lotaria promovida pela sua paróquia. Henry Langworth, um professor convidado para dar palestras sobre Shakespeare, envolvido numa aura de mistério. Devon Michaelson um detetive contratado pela Interpol para assegurar que a viagem correrá bem, uma vez que existem suspeitas de que o Homem das Mil Caras, um ladrão de relíquias, possa estar a bordo. Ted Cavanaugh, filho de um embaixador do Egipto, movido pelo desejo de convencer Lady Em a devolver o seu colar ao seu legítimo dono, o povo do Egipto. E o casal Alvirah e Willy, que ganharam a lotaria há alguns anos e aventuraram-se nesta viagem. Este casal surge em outros livros de Mary Higgins Clark, Alvirah é uma mulher conhecida pela sua habilidade em deslindar crimes. Apesar de não ser a primeira aparição do casal, não é necessário ler as outras obras da autora para os conhecer, uma vez que há uma pequena apresentação dos mesmos no início da narrativa.
O livro está dividido pelo número de dias que compõe a viagem até Southampton. Em cada capítulo, a autora vai apresentando as personagens, dando-nos a conhecer as suas vidas e relações, e este cuidado, faz com que criemos empatia com eles logo nas primeiras páginas.
O enredo está muito bem construído e mantém-nos atentos e ansiosos pelo capítulo seguinte. Tudo começa a desenrolar-se quando Lady Em é assassinada ao terceiro dia de viagem e, assim, num clima de suspense vamos nos questionando sobre quem será o assassínio.
Todas as pistas apontam para o Homem das Mil Caras, um ladrão cuja identidade é desconhecida, mas cuja forma de praticar os seus roubos intriga a própria policia.
Confesso que, embora, fosse criando várias suspeitas ao longo da leitura, me surpreendi quando a identidade do assassino foi revelada. Era tão improvável que fosse aquela personagem que este, foi sem dúvida, o ponto mais alto da narrativa.
Um livro que me conquistou. Uma escrita que me deixou ávida por ler mais da autora. Uma obra que recomendo.
A Autora
Fonte: http://maryhigginsclark.com/ |
Foi secretária e hospedeira, mas depois de se casar dedicou-se à escrita. Com a morte prematura do marido, que a deixou com cinco filhos pequenos, a autora investiu na escrita de guiões para rádio e, depois, nos romances. Rapidamente se tornou um dos grandes nomes da literatura de suspense, conquistando os tops de vendas, a crítica e os fãs.
Foi eleita Grand Master dos Edgar Awards 2000 pela Mystery Writers of America, que também lançou um prémio anual com o seu nome. Já foi presidente da Mystery Writers of America, bem como do International Crime Congress.
(fonte: https://www.bertrandeditora.pt/autor/mary-higgins-clark)
0 Comentários