Diogo, sê bem-vindo à nossa rubrica Veia de Escritor, na qual promovemos entrevistas inéditas com autores nacionais, e cujo propósito primordial é fazer com que as suas palavras alcancem novos leitores.

Para começarmos, eis a pergunta que se impõe, como é que nasceu o gosto pela escrita?

Já vem de longe. Desde a minha juventude que gosto de escrever, em poesia ou prosa, de inventar e/ou “rescrever” letras de músicas conhecidas.

A escrita é sempre um escape, uma forma de colocarmos no papel no que nos vai na alma em diferentes fases da vida.


O que é a que escrita mudou na sua vida?

Bem…a escrita veio libertar o que de melhor havia em mim. A escrita dá-nos o poder e a possibilidade de, a qualquer momento, em qualquer situação, podermos “dizer” o que vemos, o que sentimos…tendo nas palavras, no papel e na caneta os companheiros, os ouvintes. 

Sem dúvida que a minha vida mudou desde o me primeiro livro, e desde que comecei a escrever com maior assiduidade. Sentir o carinho, a visibilidade, os feedbacks dos leitores, que por diversas vezes agradecem e demonstram o “bem” que lhes fez nas suas vidas e em determinados momentos, ler os meus poemas. É muito gratificante!

A escrita torna-nos mais livres…e felizes.


E enquanto escritor, o que tem aprendido?

Bastante. Tenho aprendido e evoluído a cada palavra, a cada verso…a cada poema que escrevo. A evolução e aprendizagem é continua. Ler outros autores, sejam poetas ou não, beber de várias escritas, de temas e estilos diversificados, só nos engrandece. 

Como escritor aprendi o poder da escrita, emoções e sensações que podemos causar “nos outros” e na vida “dos outros”, aprendendo que podemos voar nas asas do alfabeto, além-fronteiras. Os pensamentos e sentimentos são momentâneos, mas a escrita é eterna, gravada para toda a eternidade, no coração e na mente de quem a lê e sente.


Como definiria a escrita na sua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?

Um pouco dos três. Numa determinada altura da minha vida, era uma necessidade que sentia, forte, de poder transpor o que sentia, o que me ia na alma. Um escape e uma libertação!

Por outro lado, foi por “um acaso” que se deu esta vontade constante e persistente de escrever, tornando-se um vício…um bom vício. Quanto mais escrevemos, mais vontade temos de o fazer.

Atualmente, posso dizer que me serve de passatempo, um complemento à minha vida profissional (professor de Educação Física) e pessoal. Sempre que posso, e que a vontade me vem, paro e escrevo. A qualquer hora, em qualquer lugar. São muitas as ocasiões em que paro o que estou a fazer, encosto o carro, pego no telemóvel (o papel do mundo atual) e escrevo o que me vem à cabeça, sem pensar… ”como vem é como vai”. A escrita só faz sentido, para mim, se for honesta, espontânea, sentida…sem pensar o que posso ou devo escrevo.


Já estivemos à conversa com o autor no passado, pela edição do seu primeiro livro. Agora encontramo-lo novamente, com mais uma obra publicada, duas em apenas um ano.  Que impacto tem a escrita na sua vida? 

Verdade. Como referi há pouco, a escrita faz-me sentir bem e isso é fundamental. Atualmente, vou não apenas escrevendo os meus poemas, mas igualmente gerindo as minhas páginas de Facebook e Instagram, que me proporcionam uma grande proximidade com os meus leitores, com o meu público. 

Procuro, sempre que posso, responder às mensagens e comentários que me enviam, estando o mais possível em contacto com quem gosta de seguir o meu trabalho, a minha escrita, publicando com alguma frequência texto e vídeos com poemas inéditos, para que possam ter algo de novo para ler, saborear e comentar. O feedback dos leitores é sempre fundamental. Sejam criticas positivas ou negativas, fazendo com que possamos evoluir não apenas enquanto escritor, mas também como pessoa.


A sua escrita é influenciada pelo mundo que o rodeia ou meramente ficcional?

Nada na minha escrita é ficcional. O título do meu primeiro livro demonstra perfeitamente a minha fonte de inspiração, ou seja, “A Vida”. O dia a dia, o mundo que nos rodeia, as emoções que nos despertam…são a minha influência, escrevendo sempre com “Alma e Coração”.


Desbravando… Alma e Coração é o segundo livro. Como correu o processo de escrita deste livro?

De forma muito natural. Tudo o que vou experienciando e sentindo, transcrevo para o telemóvel (principal meio de trabalho, estando sempre à mão), colocando numa pasta específica de textos e poemas que vou sentindo necessidade e vontade de escrever. Posteriormente, foi feita uma seleção desses mesmos poemas, escolhendo os que me pareciam melhores e mais transmissíveis, que fossem do agrado de quem os pudesse ler, sentindo-os como seus. 


Como têm reagido os leitores perante este seu novíssimo trabalho?

Tem sido fantástica a recetividade, enviando-me diversos feedbacks positivos, gostando do que leem e não poucas vezes, referindo que os sentem com se tivessem sido escritos por eles, que os sentimentos ali descritos…é o que estavam a sentir no momento. Que de certa forma lhes deu ânimo, alegria, vontade e força de viver. Não poderia ficar mais feliz, ao saber que a minha escrita consegue ser interpretada e sentida, com a mesma energia e força com que foi transcrita.


Quais são os seus projetos para o futuro? Os leitores poderão contar com novas obras, prepara algum desafio?

O futuro é sempre uma incógnita… mas quem sabe se num futuro, não muito longinco, venha a surgir uma nova obra. O meu telemóvel vai ficando carregado e pesado de versos e palavras, porque no fundo…há sempre algo mais para dizer. Quanto a desafios…já fiz algumas experiências em reescrever contos infantis, que tiveram uma boa aceitação, e poderia vir a ser interessante. Um novo público alvo, as crianças. Quem sabe… 


Qual a mensagem que gostaria de partilhar com quem nos está a ler/ver?

Primeiramente agradecer a todos os que compraram os meus livros, obviamente, assim como, todos aqueles que diária ou semanalmente perdem um pouco do seu tempo para me deixar a sua opinião, e lerem o que lhes deixo na minha página (Diogo Lourenço – escritor/poeta).

Continuem desse lado, a dar-me força para continuar a escrever e seguir com esta aventura literária.


PÁGINA DO AUTOR AQUI