Willian, seja bem-vindo a este espaço. É um gosto poder conhecê-lo melhor e apresentá-lo aos seguidores deste espaço, para começar: Como é que se iniciou na escrita?

Me recordo que na adolescência, enquanto tentava aprender a tocar guitarra, escrevia pequenas canções em meu computador, nada complexo e bastante influenciado pelo que ouvia na época. Ao perceber que tinha zero talento para a música, vendi o instrumento e apaguei elas de meu computador. Uma década mais tarde, em 2016, me aprofundei em video-games de rpg e história. Ali nasceu o germe que viria a se tornar meu livro, mas não era bom. Era um conglomerado de ideias e narrativas, muitas delas sendo descartadas e outras sendo aprimoradas para uso em minha primeiro publicação. Em julho de 2018, após uma epifania, decidi que faria o que custasse para escrever o melhor livro que pudesse. Defini do que o livro se trataria e continuei trabalhando no material que já tinha. Em dezembro de 2018 comprei um curso de escrita online, e em dois meses completei o mesmo, fiquei surpreso com o progresso que fiz, o alicerce da minha história existia! Com este conhecimento passei o restante de 2019 e 2020 escrevendo minha história, concluindo o primeiro manuscrito em dezembro de 2020.

2.      São inúmeros os sentimentos que nascem no âmago do escritor. Quais aqueles com que mais se identifica?

Valor, sacrifício, camaradagem, honra, remorso e compaixão. Sentimentos inexistentes nos dias de hoje.

3.      O que é que a escrita mudou em si enquanto pessoa?

Descobri meu verdadeiro talento. Desde cedo tive muita facilidade com máquinas e computadores, e nisso trabalharei durante boa parte da minha vida. Mas ao escrever, me senti completo, orgulhoso de tudo que criava com minha mente. As horas voavam e até sonhava com as próximas cenas que escreveria, era como se eu já tivesse o livro pronto em minha cabeça, e como um filme ele rodava entre minhas memórias.

4.      E enquanto escritor, o que tem aprendido?

 

Além do conhecimento massivo que acumulei durante as horas de pesquisa para meu livro, aprendi que não existe limite para a criatividade humana em causar morte e sofrimento. E que durante o verdadeiro horror estas mesmas pessoas são capazes dos atos mais valorosos e de autossacrifício. O ser humano realmente é uma criatura complexa e única no universo.

5.      Como definiria a escrita na sua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?

Foi uma necessidade. Após a epifania de 2018, retornou a mim um antigo medo que se fazia oculto por anos dentro de mim, o medo de minha vida escorrer pelos meus dedos e ela se tornar em uma vida aborrecida e sem propósito, sem glórias ou méritos dignos de serem citados. Não foi uma coincidência ter acontecido naquela época. Foi um chamado, um chamado para eu clamar pelo que é meu de direito, de conquistar e gravar meu nome nos anais da literatura lusófona e mundial. E eu cumprirei meus objetivos, custe o que custar.

6.      Recentemente lançou o seu livro Trovão Distante. O que retrata esta obra?

O livro conta a história de Max, um jovem que sonha em seguir os passos de seu avô, um grande herói militar. Porém, ele não conhece a verdadeira face da guerra, e quando o mundo se encontra em um conflito global, ele não hesita em cumprir seu sonho. Mas essa guerra fará de tudo para lhe roubar de sua humanidade, decência, amigos e até sua vida.

7.      O que o inspirou a escrevê-la?

Me inspirei nas histórias que conheci jogando videogames, nos livros sobre os conflitos militares da humanidade e em livros e filmes que cresci lendo e assistindo, respectivamente. Minha história é cheia de referências históricas, desde personalidades, relatos de batalha e localidades baseadas em nosso mundo e história. Ler meu livro é conhecer os verdadeiros heróis de outrora e de nossa fantasia.

8.      Como correu o processo de escrita desta obra?

9.      Foi lento e penoso, com o tempo o livro se tornou uma obsessão. A história tinha de ser a amálgama perfeita entre realidade e fantasia. Fiz questão de usar de inspiração tudo que amo, os jogos que joguei, os livros que li, os livros que assisti e os homens e mulheres que considero verdadeiros heróis de seu tempo. Quero que o mundo os conheça e os apreciem da mesma forma que eu. Precisamos recordá-los e aprender com eles mais do que nunca nos tempos de hoje.

10.  Como têm reagido os leitores perante o seu trabalho?

Minha família, muitos amigos de antigas escolas e do trabalho fizeram questão de comprar uma cópia. Até mesmo aqueles que se distanciaram devido os fatores da vida e da velhice, sou grato a todos eles. A secretaria de educação de minha cidade e a biblioteca municipal também me ajudaram com divulgação em redes sociais e jornais locais. Influencers hoje oferecem seus serviços e demonstram conhecer minha obra, e sempre que posso contrato os serviços deles, e suas primeiras impressões e resenhas têm sido muito positivas. Sei que é uma questão de tempo o livro estourar no país e consequentemente no mundo, tenho essa fé cega que esse trabalho é o Magnum opus da minha vida, não há alternativa além do sucesso.

11.  Se só pudesse ler apenas um único livro para o resto da sua vida, qual seria o privilegiado?

Seria o livro The Hobbit, de J. R. R. Tolkien. Foi o primeiro livro que comprei com meu próprio salário, quando trabalhei vendendo zona azul (cartelas de estacionamento no centro de Marília)

12.  Se tivesse de escrever num género literário diferente, a qual desafio se proporia?

Contos policiais, como os de Agatha Christie. Conheci a mesma pois minha mãe é grande fã de seu trabalho. Mas acho que não faria um trabalho ao nível dela.

13.  O que é que os leitores podem esperar de si para o futuro?

Não tenho outra história para contar além desta que escrevi, quero traduzir minha obra para o inglês e o espanhol, e também conquistar estes mercados. E quem sabe, um dia, visitar o restante do mundo divulgando meu livro.

14.  Descreva-se numa palavra: Orgulho.