Nesta história acompanhamos Jennifer, que descobre ter apenas três meses de vida e decide escrever uma carta à sua irmã, ao seu ex-marido e ao ex-namorado. O objetivo é dizer-lhes aquilo que nunca teve coragem, enfrentá-los e libertar-se das amarras emocionais que lhe toldavam a vida.
Esta é uma história muito leve e doce, que nos faz refletir sobre a nossa existência e sobre aquilo que os outros esperam de nós e que nós, inevitavelmente, esperamos dos outros.
Apreciei a jornada desta protagonista, que se revelou uma mulher de coragem e irreverente. As suas escolhas apesar de imprevisiveis e surpreendentes, culminaram numa história que me fazia virar de página com extrema facilidade, tal era o modo como a leitura fluía.
Apesar de poder traduzir-se numa história triste e depressiva, porque nos fala da morte, a narrativa revelou-se uma lufada de ar fresco, com pitadas de humor e boa disposição, que me garantiram um momento de leitura muito agradável e divertido.
A escrita direta e escorreita da autora são um ponto forte na obra, absorve-nos e faz-nos querer ler sempre mais. Este livro foi uma verdadeira surpresa, não apenas pela história, mas pela lição de vida que transmite ao leitor. É tudo tão efémero, e quantas vezes nos esquecemos disso?
Este é um livro que nos incita a viver, mesmo quando tudo nos parece já sem sentido.
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