Vinny, é com muito entusiasmo que te recebo, mais uma vez, no meu espaço, para falarmos um pouco sobre a tua obra e o lançamento que se avizinha.
Dia 14 será realizado um coquetel de lançamento, este conceito é bastante interessante e apelativo. Podes falar-nos um pouco sobre ele?
Como tudo referente ao livro, esta é mais uma etapa nova para mim. Realmente é um evento de conceito bastante apelativo, pois cria-se uma “marca”. As pessoas que forem a este evento passarão a se lembrar de mim como um escritor, e associarão o livro a minha imagem. É bastante interessante pela oportunidade de aproximação com os convidados, ter destas pessoas o feedback do que estão achando acerca do livro, além de poder transmitir a eles a real intenção da obra. Este primeiro evento será privado e restrito a amigos e familiares. Acho importante, pois cada um dos que convidei a participar neste dia, contribuíram até aqui, seja com a construção do livro, ou em me manter motivado e focado para atingir o objetivo final; que é me tornar um autor com seu primeiro livro publicado. Gosto de dizer que este é um evento feito por mim, mas é um evento para todas essas pessoas! É como quando se planta uma semente e após todo o processo de plantio se tem a colheita e você reune as pessoas que lhe são caras para estarem em sua mesa. Pois todos souberam que não foi um processo fácil, mas no fim deu tudo certo.
Quais as tuas expetativas para essa data?
Olha, por mais que eu pense sobre isso, posso dizer que ao mesmo tempo que espero muito, muito mesmo deste dia, também prefiro ir sem uma expectativa pré definida. Deixar acontecer. Como disse, é tudo muito novo, e ainda me pego pensando sobre tudo que vem acontecendo em um curto espaço de tempo. Há seis meses atrás, eu sequer imaginaria ter um livro publicado, e agora, às vésperas de meu trigésimo segundo aniversário, terei um coquetel de lançamento de um livro! (risos) Claro que no fundo espero somente que seja uma data mágica, importante. Talvez um dos dias mais importantes de minha vida, senão o mais importante. Mas quero poder aproveitar cada minuto, cada experiência que este evento me proporcionará. As boas, levar comigo para o resto da vida, e se por ventura houver algo não tão agradável, que eu leve também como lição, como algo que me faça crescer e melhorar não só como escritor, mas como pessoa.
A página do Facebook que detém o nome da tua obra cresceu consideravelmente nas últimas semanas. Como é que estás a viver este contacto com o público?
Para mim é muito importante este contato e que a página possa crescer ainda mais. Isso se tona essencial pois assim terei mais parâmetros para saber a quem minha obra tem chegado; quais sensações tem causado, o que é preciso melhorar para o futuro. Graças ao avanço da tecnologia é possível cada vez mais aproximar as pessoas, mesmo que a distância física seja de milhares de quilómetros. Mesmo estando no Brasil, posso por exemplo, ter um posicionamento do que um eventual leitor português tenha a me dizer. Ou mesmo aqui no Brasil, de regiões distantes da minha. Para mim, o crescimento da página só se tornará efetivamente importante se eu puder ter uma aproximação com cada leitor, poder ouvir dele, de alguma forma, como meu livro impactou em sua vida, o que fez sentir, enfim; ter sua visão. Números e estatísticas sem uma finalidade real, além de soarem frias a mim, perdem totalmente seu significado.
Medo. Ansiedade. Alegria. Gratidão. Acredito que sejam as palavras de ordem para esta semana de lançamento, é verdade?
É verdade sim. Talvez numa ordem diferente, onde Gratidão vem à frente de tudo, seguido por Alegria, Ansiedade e por último Medo. Medo por medo não pode ser, pois o medo tende a paralisar, a te manter numa zona de conforto onde não é capaz de ir além, experimentar e buscar novos horizontes. Mas pequenas doses de medo fazem parte e neste momento não é diferente. Mas no resto estou muito feliz e esperando ansiosamente a chegada do “dia D”.
Como é que te sentes agora que és finalmente um autor publicado?
Me sinto realizado, ou parcialmente realizado pois sei que ainda há muito a se fazer, muito a se buscar. Mas é uma sensação maravilhosa, quando me pego em determinados momentos, olhando para minha vida recente e me dou conta que “do nada” aquele sonho que estava adormecido de falar às pessoas, próximas de mim ou não, saiu do papel e se tornou realidade. É a mesma sensação quando se alcança um mérito no emprego, ou conclui-se uma faculdade que sempre se sonhou fazer. Você sente que teve dever cumprido. Que seus dias de esforço, dedicação, ou mesmo aqueles que a dificuldade parecia que ia tomar conta de tudo, passam a fazer sentido, a valer a pena. E isso serve de combustível para eu seguir trilhando este caminho.
Podes falar-nos um pouco das etapas da construção e publicação de “Versos ao Amanhecer”?
Foi algo que foi fluindo, naturalmente. Como já disse na entrevista anterior, não foi algo que sentei a frente do computador e pensei “vou escrever um livro”. Sempre fiz poesias, muitas sem compromisso, apenas por hobby, para presentear parentes e amigos. Mas, o “Versos ao Amanhecer” foi nascendo de dentro de mim com uma força diferente. Na metade dele, quando lá no fundo nascia a vontade de torná-lo um livro; eu já tinha o nome definido, a capa (que a editora ainda foi muito além e tornou-a magnífica) e mesmo sem tê-lo submetido a nenhuma editora eu sabia que era algo digno de ser publicado. Mas no geral foi isso, não foi algo friamente planejado, estrutuado. Foi acontecendo e ainda está, dia a dia. Da mesma forma foi quando o submeti e o pessoal da editora me acolheu de forma tão leve, quase carinhosa, que não se tornou um processo estressante nem nada disso. Costumo dizer que o livro é como uma parte do meu corpo, faz parte de mim, e por isso não me pesa; mas me complementa.
Qual tem sido a reação dos leitores face à tua obra de estreia?
Posso resumir isto em uma única palavra: SURPRESA. Mesmo os parentes mais próximos ou amigos se pegaram surpresos com a qualidade. Qualidade do texto, da edição, da capa (esta é muito elogiada). Como disse na pergunta anterior, o Versos ao Amanhecer realmente foi algo diferente, mesmo para aqueles que estavam bem acostumados a minha forma de escrever. E tem sido assim até mesmo com estranhos, blogueiros e analistas literários, tenho tido muita resposta positiva ao que foi produzido.
E já tens novos livros na forja?
Tem muita coisa na “forja da mente” (risos). Nunca parei de produzir. Acho que quem gosta de escrever, pintar, tocar, ou qualquer outra forma de expressão artística não para. Mas oficialmente ainda estou concentrando todas minhas energias ao livro de estreia, torná-lo conhecido. Mas a intenção é sim produzir muito mais coisas e para breve.
O que podemos esperar de ti para o futuro?
Podem e devem esperar muitas obras. Tenho intenção de construir ao menos mais um livro ou quem sabe dois, diretamente ligado ao primeiro. Ou seja, poemas de temas cotidianos e que gerem reflexão. E depois deixar ir acontecendo, mas nunca jamais parar. Sempre é mais fácil continuar caminhando, uma vez que o primeiro passo foi dado.
Vais continuar dedicado à poesia ou ponderas embarcar em novos géneros literários?
O plano como dito é focar na poesia, dar sequência a mais livros semelhantes ao Versos ao Amanhecer. Me consolidar num gênero, ter reconhecimento. Acho que pra quem começa algo, é importante se ater a zona que se sinta forte, que domine; buscando sempre aprimorar e evoluir. Depois quem sabe se aventurar em outros gêneros. No meu caso creio que seria algo na área da ficção, romance... São gêneros que consumo bastante e estou familiarizado. Mas por ora isso é apenas uma possibilidade. Hoje, o foco é na poesia.
A escrita é uma parte de ti. Há alguma mensagem que gostasses de transmitir ao leitor, incentivando-o a ler-te?
Eu apenas gostaria de dizer que, a escrita realmente faz parte de mim, e que eu tenho uma mensagem a dizer a cada um que se propuzer a ler-me. Através de meus versos eu coloco muito de mim e tento falar a cada leitor, não importa a forma que pense, que seja. Muitos leitores meus, não são habituados a ler poesia, mas me dizem que depois de terem tido contato com meu livro passarão a se permitir. E este é um dos meus objetivos centrais. Então digo, que se permitam a me conhecer através das entrelinhas dos meus versos.
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