Sérgio, sê bem-vindo a este espaço. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar:
Como é que te iniciaste na escrita?
Desde muito novo, com 9, 10 anos. Fazia adaptações de letras de canções, produzia alguns versos, sobretudo quadras. Penso que sempre tive propensão para o ritmo e a musicalidade.
Qual o sentimento que te domina quando escreves?
Há a parte inicial, que é a ideia e a consequente euforia. Depois, enquanto se dá a maturação, há uma espécie de sofrimento até que o texto fique pronto. Quando acho que chegou ao fim, é um sentimento indescritível. Quase sempre, mesmo depois de acabado um texto, continuo a mexer nele até ao ponto em que acho que está no ponto.

O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
Quer a escrita quer a leitura mudam um indivíduo. Abrem as janelas da nossa cabeça, fazem com que entendamos melhor o mundo e as pessoas à nossa volta.

E enquanto escritor, o que tens aprendido?
Não me considero um escritor, pois apenas publiquei um livro. O feedback dos outros é muito importante, tanto para mim como para a minha escrita. Em todas as vertentes é importante dar-mo-nos aos outros. É imensamente reconfortante aquilo que vou sentindo, considero um livro, sobretudo quando se trata de um livro, uma dádiva ou uma herança par, os familiares as filhas, os familiares e os amigos.

Como definirias a escrita na tua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?
Os três aspetos. Sempre gostei de uma explicação para as coisas, as atitudes, os factos… A escrita é uma forma de catarse e de tranquilidade. O acaso de encontrar novidades impele-me para a escrita.

És professor de Português e Francês. Este trabalho tem algum impacto na tua escrita?
Sem qualquer dúvida. Trabalho com alunos numa fase muito importante do seu desenvolvimento. Há textos que nasceram em aulas, há toda a magia da escrita recreativa… e há aquele sentimento de ter contribuído para educar o gosto e fomentar hábitos de escrita e de leitura.

Escreves, sobretudo, poesia. O que te leva a escolher esse género literário?
Já há muito tempo que não escrevo poesia, é muito raro. Aquelas que agora dei à estampa são maioritariamente textos antigos, que foram sendo aperfeiçoados. Aprecio o género, gosto de pôr as palavras a casar e a dançar umas com as outras até formarem um corpo. Depois há a questão do ritmo, da musicalidade, da síntese.

COMPRAR LIVRO

Publicaste o teu primeiro livro este mês, A Vingança dos Sentidos. Podes falar-nos um pouco sobre esta obra?
Esta obra é um pequeno livro, que foi sendo adiado. É uma espécie de coletânea, que reúne poemas, pensamentos e contos para todas as idades, um dos quais com relativa literariedade, “A vingança do guarda-chuva”. É uma seleção entre muitos outros textos dos mesmos géneros. A ideia partiu de amigos, que conheciam alguma da minha escrita, os quais me “obrigaram” a pôr as coisas em papel.
Como nasceu a ideia para este livro?

Além do que está veiculado na questão anterior, sempre tive o sonho de publicar um livro.

Qual tem sido a reação dos leitores face a este trabalho?
O lançamento ainda é recente, mas a reação tem sido muito positiva. Muito mesmo.

Se só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado?
Há vários. Como tenho de dizer apenas um, escolheria “O amor nos tempos de cólera”, de Gabriel García Márquez.

Se tivesses de escrever num género literário diferente, a qual desafio te proporias?
A uma narrativa de ficção.

O que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro?
Um livro de ficção. Com histórias cruzadas de pessoas e do íntimo das mesmas.

Descreve-te numa palavra:
Realizado.