Eduardo, sê bem-vindo a este espaço. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar: Como é que te iniciaste na escrita?
No decurso da minha atividade profissional, tenho o hábito de criar manuais de procedimentos, com bastante detalhe. Quando comecei a explorar o tema “Euromilhões”, fiz algo semelhante e quando ía para aí na 5ª página, lembrei-me: - “Será que isto pode dar um livro?”. E deu!

Qual o sentimento que te domina quando escreves?
É uma sensação agradável de sentir a inspiração a fluir e a escrita a dar-lhe sequência.

O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
Diretamente não mudou grande coisa, a não ser a maior facilidade em visualizar, no dia-a-dia, livros potenciais e quando isso acontece crio um diretório novo no meu computador, com algumas anotações. Indiretamente mudou com a criação de uma sociedade de Euromilhões, em simultâneo com o lançamento do livro, cuja gestão me ocupa algum tempo.

E enquanto escritor, o que tens aprendido?
Que apesar de não ser impossível, não é fácil viver só da escrita.

Como definirias a escrita na tua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso? 
Acabou por ser um acaso, decorrente da facilidade em lidar com números e do gosto pela escrita.

COMPRAR

Formaste-te em Contabilidade e é evidente que esta formação teve impacto na tua escrita, assim surgiu, O que faria se ganhasse o Euromilhões. Podes falar-nos um pouco sobre esta obra?
Para além dos critérios mencionados ao longo do livro, é um convite às pessoas para criarem critérios nas suas apostas, manterem-se fiéis a esses critérios e esperarem que mais tarde ou mais cedo resultem. Explica alguns fundamentos do Euromilhões e tem uma componente solidária, relacionado com os Sem-abrigo, que me diz muito e espero que um dia venha a ser possível de concretizar. Seria um enorme legado!

Como nasceu a ideia para este livro?
Nasceu quando um dia, como toda a gente a fazer apostas, criei um folha de excel, para anotar os resultados dos últimos sorteios e apercebi-me de algumas curiosidades. Era um ficheiro com os 50 números e com as 12 estrelas, da esquerda para a direita, e os números que tinham saído estavam a amarelo, para terem maior visibilidade.

É, sem dúvida, um livro pioneiro em Portugal. O que te levou a escrever esta obra?
Foi todo o conjunto de circunstâncias já mencionadas, que depois foi sendo complementado com algumas descobertas, que teve aceitação de algumas editoras e veio a concretizar-se no livro, em colaboração com a Emporium Editora.

Qual tem sido a reação dos leitores face a este trabalho?
As reações que tenho não são muitas, mas são muito positivas e aparentemente sinceras. É mais fácil convencer alguém a entrar para a sociedade do Euromilhões, do que a comprar o livro ou dar uma opinião. Espero que com esta divulgação possa contar com mais reações, incluindo também a da Oficina da Escrita.

Se só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado?
É estranho que eu gosto imenso de escrever, mas leio muito pouco. Apesar de não ser praticante, talvez escolhesse a Bíblia.

Se tivesses de escrever num género literário diferente, a qual desafio te proporias? 
Escrever um género literário diferente é sempre um desafio à inspiração. Já tive uma experiência com um pequeno conto, ainda não editado, em que tive que me esforçar bastante, para tentar corresponder às expetativas. Talvez tentasse literatura infantil, romance ou aventura.

O que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro? 
Muita persistência atrás de 5 números e 2 estrelas! E talvez novos livros, daqueles que já anotei, ou outros.

Descreve-te numa palavra: 
Persistência.