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Fonte: Pedro Inocêncio Oficial |
Pedro, sê bem-vindo a este espaço.
É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste
espaço, para começar: Como é que te iniciaste na escrita?
Muito obrigado pela oportunidade!
Foi uma feliz casualidade aquela que me levou ao mundo da escrita. Uma notícia
insólita num jornal diário despoletou em mim a necessidade de escrever algo.
Não foi com a intenção clara de realizar e editar um livro que comecei a
escrever o Tudo Acontece Por Uma Razão.
Fui, simplesmente, escrevendo. Sem técnicas, nem apontamentos, nem guião.
Apenas uma ideia clara do tipo de história que queria escrever. E tem sido
sempre assim, desde aí. Tenho uma ideia, construo algumas personagens e depois
deixo que elas ganhem vida e me surpreendam a cada passo da história. Acho que
os meus leitores percebem que me deixo levar pelo decurso da história e apreciam
esta minha forma espontânea de escrever.
Qual o sentimento que te domina
quando escreves?
O amor à escrita e o profundo
prazer que tenho enquanto crio. A curiosidade, por não saber como aquilo vai
acabar e também a excitação, por desejar sempre escrever algo com significado
para mim e para quem me lê.
O que é que a escrita mudou em ti,
enquanto pessoa?
A escrita mudou tudo em mim. Mudou
a forma como olho o mundo (e desconfio que o mundo também olha de forma
diferente para mim) e mudou a minha forma de estar, uma vez que consegui,
através dos romances que escrevo, pôr cá para fora o turbilhão de sentimentos,
emoções, estados de alma, posições políticas e sociais, ideais humanitários e
de igualdade que fervilhavam no meu interior. É como um género de terapia que
pode ser feita em casa ou em outro local qualquer, quando eu quiser. Só preciso
do meu computador…
E enquanto escritor, o que tens
aprendido?
A maior lição que recebi, desde que
escrevo, é um melhor auto-conhecimento de quem sou, o que sinto e a forma como
vejo as pessoas e o mundo. Um livro revela muito do seu autor. Outro grande
ensinamento é que descobri o romantismo que existe nas pessoas. Sabia da sua
existência mas nunca pensei que fosse assim, tão generalizado e intenso.
Vivemos num mundo de tolos românticos, como eu. Até no mais cinzento, certinho
e previsível ser humano deste planeta, mora um infindável número de loucos
sonhos românticos.
Como definirias a escrita na tua
vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?
Um acaso que se transformou num
passatempo e que, hoje em dia, é uma necessidade!
Desde que em 2015 publicaste o teu
primeiro romance, Tudo Acontece Por Uma Razão, que tens sido imparável no meio
literário. Como surgiu a ideia para publicares o teu primeiro livro?
Como disse atrás foi uma notícia
inóspita num jornal que serviu de rastilho para a minha explosão criativa!
Falava de alguém que havia perdido tudo, do dia para a noite, e que, ainda
assim, isso tinha sido o melhor que lhe tinha acontecido na vida! Iniciei o
livro com a frase tudo acontece por uma
razão e fui avançando sem saber muito bem para onde me dirigia… Este
romance já vai na sua segunda edição e a sua procura parece não esmorecer com o
passar do tempo.
Seguiu-se, A Herança Nazi, um
romance histórico. O que te levou a enveredar por este género?
Não quero escrever dois romances
iguais ou sequer parecidos. Sempre gostei de misturar a ficção com a realidade
e na Herança Nazi isso acontece com frequência, ao ponto do leitor ficar na
dúvida se tudo o que está ali não é verdade…
O meu estilo está bem patente em todos os meus
romances. O suspense, o romance, a acção vertiginosa, os capítulos curtos e a
mudança frenética de personagens, com histórias que se interligam, são a minha
imagem de marca. Essas características fazem parte de todos os meus romances.
Já as histórias, os contextos e as personagens são sempre diferentes.
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Agora, a poucos dias do lançamento do, A Princesa do Índico, será que nos podes revelar um pouco mais sobre este novo livro?
A Princesa
do Índico é o romance que sempre sonhei escrever! Acho que bastava esta frase
para se perceber o quanto eu amei ter escrito este romance. A Princesa do Índico é um romance
que embalará o leitor entre o quadro idílico de um oceano prateado e a imagem
incómoda da escravidão em massa…
O romance começa com um atentado
bombista à Assembleia da República, em Portugal, desperta o país para a
realidade do terrorismo em grande escala! Ávidas de encontrarem culpados, as
autoridades mundiais apontam as suas baterias para três irmãos muçulmanos:
Bahira, Abdul e Nasim. Como pode este crime estar relacionado com o amor vivido
entre Pedro Tomás da Costa, herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo, e
Bahira Kadeen, uma bela muçulmana, que trabalha em regime de escravidão, numa
das Fábricas da família Da Costa?
Quando o magnata António Tomás da
Costa decide investir nas Maldivas, convida o seu filho para o acompanhar.
António construiu a sua colossal fortuna através do êxito planetário de uma
bebida energética chamada Su-Cola. Mas, a sua extraordinária visão empresarial
é camuflada por uma implacável falta de caráter e crueldade impiedosa para com
os seus trabalhadores. Pedro jamais poderia suspeitar que aquela viagem iria
mudar a sua vida e inspirar uma Revolução!
O amor improvável entre Pedro e
Bahira será a centelha de luz e inspiração vulcânica para uma mudança que se
impõe no mundo!
O que te motiva a escrever?
A vontade de criar outros mundos,
outras realidades, outras dimensões diferentes daquela em que habito. Talvez
também o desejo de exprimir a forma como vejo o mundo, como sinto o amor, como
observo a relação entre as pessoas… Escrever é uma forma de libertação.
Tens uma página no Facebook que
conta com um número elevado de seguidores. Como vives o contacto com o público?
Com muita tranquilidade, simpatia e
paz de espírito. Estou grato a muita gente que me acompanha desde o início e
nunca se esquece de mim.
Qual tem sido a reação dos leitores
face aos teus trabalhos?
Eu diria que, pelos comentários e
críticas que recebo nas redes sociais ou pessoalmente, as reacções são
maravilhosas! Jamais imaginei que a minha escrita pudesse florir tantos e tão
bons sentimentos em quem me lê. Tem sido, de facto, fantásticos os feedbacks que recebo.
Se só pudesses ler apenas um único
livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado?
Se fosse apenas um… Escolhia um
caderno com mil folhas em branco. Uma vez que não existe um romance ou livro
que tivesse a capacidade de preencher o vazio de um leitor compulsivo como eu,
preferia a possibilidade de escrever mais um romance. Aliás, hoje em dia
prefiro a escrita à leitura…
Se tivesses de escrever num género literário
diferente, a qual desafio te proporias?
É uma pergunta difícil. Adoro os
thrillers de acção, os romances com muitos sentimentos envolvidos, a mistura da
realidade com a ficção… Essa é a minha praia, enquanto escritor. Acho
interessante as biografias de pessoas marcantes da história, bem como os
romances baseados em factos reais. Talvez fosse por aí…
O que é que os leitores podem
esperar de ti para o futuro?
Alguém pode
esperar algo de certo neste mundo louco? Não podemos dar nada como certo nesta
incerteza da nossa existência. Sabemos que andamos por cá uns tempos, que temos
um prazo de validade limitado e que um dia nos vamos embora… Até lá, como já
afirmei noutras ocasiões, na minha opinião, existem três coisas fundamentais nesta vida: saber viver
bem com aquilo que a vida nos dá, usufruir ao máximo da companhia daqueles que
mais amamos e outra coisa qualquer que também está relacionada com as duas
anteriores… Dentro da outra coisa
qualquer está fazermos aquilo que amamos. E eu amo escrever!
Descreve-te numa palavra:
Sonhador!
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