Elisabete, sê bem-vinda a este espaço. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar: Como é que te iniciaste na escrita?
O meu percurso na escrita ainda é muito curto. Comecei por  escrever uns textos que ia publicando no Facebook. Um amigo desafiou-me a “pegar” nesses textos e criar uma história em volta deles. De início achei a ideia absurda… depois…bem, depois é como a coca-cola: “primeiro estranha-se depois entranha-se!”

Qual o sentimento que te domina quando escreves?
São vários, dependendo daquilo que estou a escrever. Sou uma romântica incorrigível, uma sonhadora, quando escrevo deixo a imaginação voar e trago a personagem até mim… O que ela sente, eu sinto. Se ela está triste, eu estou triste, se ela está alegre eu também estou. Somos uma só! Se ela chora, eu choro com ela!

O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
Enquanto pessoa nada. Continuo a ser eu mesma. 

E enquanto escritora, o que tens aprendido?
Não sei se me posso considerar uma escritora, apenas fui autora de dois livros, ainda sou uma criança que está a aprender a gatinhar neste mundo, porém aprendi que não é nada fácil!

Como definirias a escrita na tua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?
A escrita começou por acaso, agora tornou-se uma necessidade, uma terapia. Há quem vá para o ginásio relaxar, eu escrevo!

És advogada e, portanto, lidas com inúmeras realidades. Esta formação tem algum impacto na tua escrita?
Nem por isso. As águas estão devidamente separadas!

Qual o género literário que eleges para a tua escrita?
O  romance, sem dúvida!

Publicaste o teu primeiro livro em 2018, Se houver uma próxima vez. Podes falar-nos um pouco sobre este livro?
O “Se houver uma próxima vez” conta-nos a história da Isabella Barbosa, uma mulher com uma vida aparentemente feliz, um casamento estável, bem resolvida a nível profissional, muito metódica, que guarda nela traumas de um passado que a persegue e que condicionaram muitas das escolhas que teve de fazer. Detesta jornalistas até conhecer um, o Gabriel, que vai mudar a sua vida e ensinar-lhe que nada é por acaso, que devemos viver o momento presente, pois pode não haver uma próxima vez! Tem um final que até a mim me surpreendeu!

O que te motivou a escrevê-lo?
Como disse anteriormente fui desafiada a escrevê-lo. Nunca pensei, realmente, conseguir escrever um livro.

Como foi a reação dos leitores face a esse projeto?
Foi muito boa. Gostaram muito, por isso surgiu “A Ampulheta”.


Preparas-te agora para publicar um segundo titulo, A Ampulheta. Podes desvendar-nos um pouco da sua história?
A história da ”Ampulheta” gira em torno do tempo, dos amores perdidos e reencontrados no tempo, do peso da culpa, da difícil escolha entre o certo e o errado. É também o amuleto da personagem, a Helena, que ao encontrar um diário perdido vai perceber que nem tudo o que parece é!

Quando é que este livro chegará aos leitores?
O lançamento será a 26 de outubro, no Museu Escolar Oliveira Lopes, em Ovar. Depois “A Ampulheta” andará por aí, para quem o quiser ler!

Recentemente, participaste na coletânea, Somos mais do que histórias. Como correu a experiência?
Já tinha participado noutras coletâneas anteriormente, mas é sempre um desafio ( e eu gosto de desafios).  Foi muito interessante. 

Se só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado?
Ui…. Pergunta muito difícil. Não consigo eleger um único livro para o resto da minha vida porque gosto muito de ler e cada livro marca à sua maneira… Mas se tivesse mesmo de escolher um… talvez o “ Se houver uma próxima vez” , por ter marcado a minha estreia no mundo da escrita. 

Se tivesses de escrever num género diferente do teu registo atual, a qual desafio te proporias?
Ando a tentar escrever poesia… 

O que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro?
Muitos sorrisos, e, pelo menos mais um livro: “ Depois do fim”.

Descreve-te numa palavra:
Só numa? Não consigo!