Olá, antes de mais é um gosto enorme poder fazer parte deste
espaço e sobretudo o poder partilhar com novos e promissores autores.
Desde cedo tive um gosto especial pela escrita. Foi-me sempre
mais fácil exprimir numa folha. Nunca imaginei um dia poder escrever um livro,
como escrevia tão naturalmente nunca achei que fosse algo de interessante.
Foi há sete anos que comecei a escrever de uma forma
mais regular. Começa tudo num bloco A4 na mesa da cozinha com a seguinte frase:
“Odeio ter que sorrir quando o que quero é chorar.”
Qual o sentimento que te domina quando escreves?
Quando escrevo sinto-me livre, sinto-me eu. Sem máscaras ou
clichés.
Depois a parte do criar, do imaginar, do sentir, faz-me
transportar para um universo paralelo só meu. Lá sinto-me confortável e seguro.
O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
A escrita é o meu refúgio. Tento sempre converter os
sentimentos em criatividade.
Se tiver em dias maus escrevo sobre coisas positivas, se
estiver bem deixo à mercê da minha mente. Mas acabo sempre por tentar encontrar
o meu equilíbrio nas linhas que escrevo.
E enquanto escritor, o que tens aprendido?
Com o tempo aprendi a trabalhar melhor as palavras. Tento
sempre escrever de uma forma transversal de forma aos meus leitores poderem
imaginar a história à sua maneira.
Como definirias a escrita na tua vida: um passatempo, uma
necessidade ou um acaso?
São as três bem misturadas. Mas como já referi na pergunta
anterior acaba por ser uma necessidade, é o meu refúgio.
Assumes que nasceste fruto do amor e que esse amor te corre
nas veias. O amor tem um grande impacto na tua escrita, é verdade?
Sim, sem dúvida. Todos nós vivemos de amor, não importa que
amor seja. O que era de nós sem esse nobre sentimento? Acho que eu seria
vazio.
O que te motiva a escrever sobre sentimentos?
Inicialmente era onde me conseguia explorar mais. Iniciei
novos projetos com registos diferentes mas não pude deixar de alimentar quem já
conhecia o minha escrita mais sentimental.
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Publicaste o teu primeiro livro em agosto, Perdido (S)em Ti. Podes falar-nos um pouco sobre esta obra?
Durante dois anos alimentei um blog e uma página de facebook
com os meus textos.
O livro nasce da compilação desses textos e de alguns que
ficaram na gaveta.
Como nasceu a ideia para este livro?
Foi um acaso. Um acaso conhecer pessoas fantásticas que me
incentivaram e ajudaram a concretizar esta obra.
Há coisas que nos estão destinadas e talvez esta fosse uma
delas no meu caso.
Qual tem sido a reação dos leitores face a este trabalho?
A crítica tem sido muito boa. Nunca imaginei um cenário
assim.
Por vezes sou demasiado crítico no que escrevo e acabo por me
inferiorizar.
Agora sinto-me mais seguro, tudo por causa deles. Sinto-me
muito grato.
Também geres um blog onde partilhas a tua escrita. Podes
partilhar connosco detalhes dessa experiência?
Inicialmente foi ideia de uma amiga. Escrevia-lhe todas as
noites e um dia ameaçou divulgar tudo o que escrevia.
Assim começou o Diário do “bipolar”. Dava-me liberdade de
poder escrever o que quer que fosse. Eram os meus sentimentos “bipolares”.
Durou dois anos e com o lançamento do livro aproveitei para lhe mudar de nome.
Respeito a bipolaridade e não queria que interpretassem uma mensagem errada do
que era a minha escrita. Hoje chama-se Perdido “S”em ti, onde conto com
dezassete mil e qualquer coisa seguidores.
Se só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua
vida, qual seria o privilegiado?
O Alquimista de Paulo Coelho. Cada vez que o leio interpreto
de uma forma diferente. As mensagens são bastante inspiradoras para podermos
seguir e concretizar os nossos sonhos. Maktub!
Se tivesses de escrever num género literário diferente, a
qual desafio te proporias?
Adoraria escrever um romance. Mas sempre que penso, logo
desisto. Ainda não consegui estruturar bem uma história que nunca fosse
contada. Um dia vai ser o dia.
O que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro?
Na escrita é muito complicado prometer o que quer seja. Somos
sempre levados pela nossa alma e isso vou continuar a partilhar com quem me lê.
A fasquia ficou mais elevada mas nada como bons desafios.
Descreve-te numa palavra:
Sortudo. Tenho muita sorte por quem me rodeia, sou o reflexo
dessas pessoas e a elas devo-lhes tudo!
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