Este livro criou em mim grande expectativa, não
foi a sinopse – que é muito sedutora, por sinal -, a capa –
protagonizada por Caden, o homem por quem todos os corações
suspiram -, mas sim, pelo género; romance erótico – algo que
nunca li – isto é, já li contos eróticos de duas ou três
paginas, mas achei-os com tão pouco conteúdo que não
consegui arriscar um livro do género – as sinopses, também não
agradam e as capas deixam a desejar – e eu sei que os livros não
se julgam pela capa, mas, se me permitem, ao olhar a capa escolhida
pela O Castor de Papel, não fiquei indiferente, este protagonista,
tanto na capa, como na descrição da autora, Laura Kaye, remete-me
para o vagabundo Francisco, presente também na minha obra, e as
semelhanças com a personagem por mim criada, deixaram-me extasiada –
mas não é para falar da minha obra que aqui estou e sim do romance
da Laura, que deixem que vos diga, é arrasador.
Este livro é pequeno, tem sensivelmente 150
páginas e é de fácil e rápida leitura – e sendo eu uma leitora
de extremos – li-o em apenas dois dias, quer pelo tamanho, como
pela forma descontraída da narrativa.
A autora superando todas as expectativas,
desenvolveu uma história praticamente surreal, porém, cativante o
suficiente para nos manter agarrados até à última página, e
quando o autor é capaz de tal proeza, merece todo o nosso respeito.
Makenna e Caden duas personagens carregadas de
diferenças e simultaneamente com tanto em comum, ficam por obra do
acaso, ou do destino, quiçá, presas no mesmo elevador, com as luzes
apagadas durante quatro horas.
Dois desconhecidos que aproveitam aquele momento,
que tinha tudo para ser constrangedor e doloroso, para se conhecerem,
aos poucos e poucos, psicológica e fisicamente.
Mesmo com as luzes apagadas, uma atracão intensa
acontece deixando estes dois protagonistas num dilema moral, poderão
manter a chama acesa quando a electricidade voltar? E o envolvimento
durante aquele tão curto e ao mesmo tempo tão longo espaço de
tempo é correto? Deverá continuar para além do elevador?
O facto de toda a trama girar em torno da
escuridão do elevador e o diálogo descontraído que as personagens
travam, torna a leitura agradável e intensa, os minutos passam,
entre confidencias, e corações abertos numa total escuridão.
A escrita da autora é sensual, sem ser sexual,
atraente e intimista, dá asas à imaginação do leitor. A escrita é
fluída e rica em descrições e recursos expressivos.
Os diálogos são bem construídos e a narrativa,
que ao contrário do que eu imaginava, se centra apenas nas quatro
horas dentro do elevador, foi tão bem planeada, e com certeza, de uma
enorme primazia, que ganha só pela destreza da autora, foi um risco,
mas um risco que valeu a pena, um risco que todos os autores deveriam
cometer de vez em quando, de forma a tornar as histórias românticas,
menos cliché.
O público gosta de romance, e protagonistas que
se apaixonam de formas «bonitinhas», mas verdade seja dita, na vida
real, nem todas as histórias começam com sorrisos, algumas começam
pelo prazer, e a história de Caden e Makenna é um exemplo perfeito!
É uma obra que se devora com extrema facilidade,
que se entende, se sente e se pede por mais, que, como é lógico,
fica aqui recomendada a sua leitura a todos os seguidores,
certamente, não se irão arrepender.
Um agradecimento à O Castor de Papel, aproveitem
para deixar o vosso Gosto nas páginas abaixo, encomendarem o vosso
Corações na Escuridão e deliciarem-se – este é provavelmente o
livro perfeito para o Dia dos Namorados, ofereçam à vossa cara
metade –, supera todas as expectativas.
Letícia Brito
Letícia Brito
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