André Alves Pereira tem 31 anos. Nascido e criado no norte de Portugal, mais
concretamente em Guimarães. É um orgulhoso nortenho das suas
tradições e peculiaridades. Estudou na Escola Superior de Turismo e
Hotelaria (IPG), trabalhando atualmente no setor do Turismo. A
escrita sempre foi uma das suas paixões, marcando assim a sua
estreia com o romance “Simplesmente,
Esperança”.
Simplesmente, Esperança | Chiado Editora |
✍ Como
te iniciaste na escrita?
A
escrita sempre fez parte da minha vida. Sempre gostei de “brincar”
com as palavras. No fundo a escrita é mesmo isso, brincar com as
palavras, pondo-as ao lado umas das outras numa dança com sentido.
✍ Ficcionas
aquilo que escreves ou os teus escritos tem também conotação
pessoal?
As
duas coisas estão ligadas. É impossível dissociar uma coisa da
outra. Embora o romance “Simplesmente, Esperança” seja
ficcionado, tem muito de mim. Pois é todo o meu ser que escreve cada
palavra.
✍ O
que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
Foi
mudando sem eu dar por isso. Se a escrita me tivesse surgido do dia
para a noite, talvez fosse mais fácil perceber o que mudou. Como
isso não sucedeu, julgo o que no fundo o que mudou fui eu e a
escrita. Ambos crescemos, ficamos mais maduros.
✍ O
que sentes quando escreves?
Sinto-me
noutro mundo. À minha volta tudo se fecha. Fico num mundo muito
próprio, que muito sinceramente não sei definir.
✍ O
que é mais prazeroso na escrita?
O
poder. É uma resposta um quanto ao qual parva. Mas é a que me surge
em primeiro lugar. Quantas vezes ouvimos e vemos histórias, que se
as pudéssemos escrever teríamos as escrito de outra forma? A
escrita é o poder de criar. É como cozinhar uma receita só nossa.
Pomos os ingredientes que quisermos e como quisermos.
✍ Qual
é a maior dificuldade que sentes quando estás a escrever?
A
única dificuldade que sinto, é que como sou um escritor que gosta
de escrever livros cinematográficos. Passo a explicar, não gosto de
ler e muito menos de escrever livros que tenham um andamento
demasiado descritivo. Prefiro escrever como se fosse um filme, em que
há sempre algo a acontecer em passo mais ou menos acelerado. Isso
faz com que por vezes tenha de travar, pois preciso que o leitor
“veja” aquilo que eu estou a ver. Para isso é preciso descrição.
É a parte que mais me custa.
✍ Tens
algum ritual de escrita?
Sim
tenho. Ligar o computador (riso). Não tenho. Não importa o sítio
nem o estado de espírito, depois de entrar naquele mundo que falei
há pouco, tudo se desenrola.
✍Consideras
a escrita uma necessidade ou um passatempo?
Se
houvesse uma palavra que misturasse as duas, era essa a palavra que
eu utilizaria.
✍ Como
encaras o processo de edição em Portugal?
Como
não conheço o processo de edição noutros países, encaro como
sendo bom (riso). Não tenho comparação.
✍ Estás
em constante contacto com o público, como vives isso?
Sou
da área do Turismo. Por isso é algo que não me faz confusão. No
fundo acho que o segredo é sermos nós mesmos. Se tentarmos sermos
outras pessoas, certamente vai correr mal.
✍ O
feedback é positivo?
Até
ao momento muito positivo. A página do facebook, em menos de 2 meses
chegou aos 4500 gostos. Julgo que é um pequeno barómetro.
✍ Como
encaras as criticas, de foro negativo ou positivo, quando elas
surgem?
Encaro-as
bem. Todas elas, se forem bem fundamentadas servem para crescermos
enquanto escritores.
✍ Quais
os temas que gostas de abordar quando escreves?
Sentimentos.
É o que nos faz sentir vivos. Tal como diz umas das frases do meu
livro: “Melhor do que estarmos apenas vivos, é sentirmos-nos,
verdadeiramente vivos!”.
✍ Tens
hábitos de leitura? Consideras importante ler para escrever bem?
Escrevo
mais do que leio. Mas considero importante escrever bem para se ler
bem (riso)! Tive uma professora na universidade, que perguntava, o
que é escrever bem? Saramago tinha uma escrita muito própria e foi
Nobel, por isso…
✍ Que
livro recomendarias?
Ouvi
dizer que há um muito bom que se chama “Simplesmente, Esperança”
(riso). Recomendaria um dos primeiros livros que me lembro de ler,
“Sete anos no Tibete” de Heinrich Harrer. É autobiográfico e
faz-nos sentir! O livro é muito melhor que o filme…
✍ Se
só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida,
qual seria o “privilegiado”?
A
Bíblia! Tinha muito para ler, reler e tentar perceber…
✍ O
que gostarias de partilhar sobre as tuas obras?
Que
são obras escritas com alma. Que espero que cada leitor tenho o
mesmo nível de prazer que eu tive ao escrever.
✍ Como
tem sido a tua experiência com a tua editora?
Até
ao momento, 5 estrelas.
✍ Quais
as tuas perspetivas para o futuro?
Não
as crio. Um dia de cada vez, dando o melhor de mim. O que tiver para
vir, virá…
✍ Além
da escrita, que outras paixões nutres, que te completam enquanto
pessoa?
Adoro
futebol. Cinema / séries. E de todas a coisas normais. Estar com a
família, amigos e assim. Sou uma pessoa normal.
✍ Que
mensagem gostarias de passar aos teus seguidores?
Que
nunca deixem de me seguir, pois vou dar sempre o melhor de mim, para
que cada livro seja puro sentimento, sempre com mensagens de
esperança.
✍ Quais
os teus objetivos enquanto escritor?
Ser
lido. Acho que é a resposta de qualquer escritor.
✍ Apenas
numa palavra, descreve-te:
Vivo!
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