1. Para começarmos, eis a pergunta que se impõe, como é que nasceu o gosto pela escrita?
Cresci junto de pessoas cuja paixão era a Cultura, os livros, o Teatro e Línguas... a escrita nasceu em parte por ter sido rodeada dessa aura maravilhosa transmitida pelos meus avós maternos. Eles já partiram, mas jamais os esquecerei.
2. O que é a que escrita mudou na sua vida?
A escrita mostrou-se como uma ferramenta de expressão, acto de imortalizar pessoas e prática de catarse. Mudou a forma como outros poderiam conhecer-me e eu, fiquei mais próxima do meu “eu” autêntico.
3. E enquanto escritora, o que tem aprendido?
Tenho aprendido que o caminho da escrita não é um caminho fácil. É necessária dedicação, investimento e resiliência.
4. Como definiria a escrita na sua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?
Um bonito acaso com razão de ser, uma necessidade de expressão e uma promessa que firmei.
5. Começou a escrever com quatorze anos, nos Olivais. Pode falar-nos um pouco da influência que esta realidade exerceu na sua escrita?
Na verdade, ainda não tinha os catorze anos... foi em Março de 2005... como algumas pessoas na minha idade, era normal ter alguma “paixoneta” e devido a esse rapaz, comecei a escrever versos, numa manhã primaveril.
6. Já ganhou um prémio do Concurso do Dia Mundial da Poesia, promovido pela Escola Secundária Eça de Queirós. Que impacto tem em si esta conquista?
Teve um grande impacto, na altura. Foi inesperado. Eu era uma pessoa tímida e fechada e por vezes o meio escolar não era o mais fácil. Antes a escrita era feita em momentos de intervalo, em solitude... esse prémio abriu portas e expôs-me, tirando-me da zona de conforto. Sou muito grata a esta Escola e aos docentes que a integram.
7. Publicou em 2011, Sonhos de Prata e Ouro. Pode falar-nos um pouco sobre este livro?
Este livro tem uma linha temporal de 2005 até 2009, acompanhou grande parte da adolescência e todos os sentimentos nele imbuídos. Não sou de falar de mim ou do meu trabalho e muitas vezes prefiro que outros o façam por mim. Conheci a Maria, uma Amiga e Ser extraordinário durante o meu percurso que acreditou em mim e me incentivou a retirar o livro da gaveta.
8. O que a inspirou a escrevê-lo?
Na verdade, era algo íntimo e a poesia foi fruto da experiência de vida, mágoas e tempos de superação e inspiração. É uma lição sobretudo de Força, perante a adversidade.
9. Como correu o processo de escrita desta obra?
Foi um processo gradual, sem prazo definido, foi sofrido em parte e por outro lado com a vertente mais leve e alegre, como Prata e Ouro indicam. Mas valeu totalmente a pena, pelas pessoas que conheci, pelas pessoas que deram força e pelas pessoas que me inspiraram pelo caminho. A elas, a minha Gratidão.
10. Participou em diversas iniciativas literárias, desde antologias, passatempos. Qual a importância que estas experiências tem na sua vida pessoal e literária?
A importância na vida literária destas participações e experiências é a da partilha de sentimentos, de palavras e de momentos. E na vida pessoal a importância é a de “nunca deixar de escrever”.
11. Como têm reagido os leitores perante o seu trabalho?
Creio que em geral, o meu trabalho tem sido bem recebido e por vezes fica a expectativa de mais um livro. Todo o retorno, positivo ou negativo, é sempre bem-vindo.
12. Se só pudesse ler apenas um único livro para o resto da sua vida, qual seria o privilegiado?
“Encontrar o Sol dentro de Si”, por Adosinda Pato.
13. Se tivesse de escrever num género literário diferente, a qual desafio se proporia?
Escrever em género de prosa ou talvez crónica.
14. Quais são os seus projetos para o futuro? Os leitores poderão contar com novas obras e dentro do mesmo registo ou prepara algum desafio?
Recriar o Sonhos de Prata e Ouro, lapidá-lo e quiçá publicar uma obra nova em futuro próximo e mais livros num futuro um pouco mais distante. Quanto a registo literário, ainda será algo por definir.
15. Qual a mensagem que gostaria de partilhar com quem nos está a ler?
“Sem dúvida, nunca desistam dos vossos sonhos. Sejam vocês mesmos e sejam muito, muito felizes”.
Desde já, agradecemos a sua disponibilidade para esta entrevista, esperamos que quem nos está a ler/ver tenha gostado. Podem contactar o autor através dos contactos que iremos disponibilizar e podem adquirir a sua obra nas principais livrarias online. Ao autor, agradecemos pela oportunidade e por este agradável momento de partilha, fazendo votos de que o seu percurso seja marcado por sucessos em todos os planos da sua vida.
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