Esta narrativa conta-nos a história da erupção vulcânica, caos e confusão, enquanto uma mulher e a sua comunidade enfrentam uma luta de um tipo completamente diferente...
Através de registos num diário, entrevistas e notícias, esta obra é um conto altamente viciante e envolvemente, que nos remete para os medos da infância, os monstros que caminham além da nossa visão e que, neste livro, se tornam reais, exarcebando as nossas emoções.
As personagens são incríveis, e é este, para mim, o ponto alto do livro, a facilidade com que criamos empatia com as personagens, a evolução de cada uma delas no decorrer da narrativa. Kate Holland, em particular, a protagonista e também a personagem de que mais gostei, é a prova de que qualquer um de nós, se atirado para uma luta pela sobrevivência, pode tomar decisões irrevogáveis que alterarão a sua vida para sempre.
A descrição da obra é também um excelente gancho que prende o leitor, com tons subtis, mas simultaneamente viscerais, que controem o medo. A ciência desta narrativa soa-nos tão real, que quase podemos acreditar que estamos ali, a vivenciar todas as emoções e situações da narrativa.
A escrita brilhante e direta do autor, aliado a todos os factores supracitados, tornam este livro numa referência dentro da literatura do género. Poderoso, visceral, profundo, são adjetivos que facilmente descrevem este livro, que adorei e só posso recomendar.
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