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Um Livro Para Morar é a segunda obra de poesia publicada da autoria de Leandro Emanuel Pereira, publicada sob a chancela da Emporium Editora. Este livro foi publicado em 2019 e hoje trago-vos a minha opinião sobre o mesmo.

Há diversas formas de escrever poesia, mas sem dúvida, que a forma que mais aprecio é a poesia escrita com a alma, com emoção, como se nos arrancassem as vísceras para colocarmos em palavras o que sentimos por dentro, o que nos inquieta, o que nos rodeia.

A poesia do Leandro é o género de poesia que faz o leitor questionar, sentir, inquietar-se, e só por isso, acredito que vale a pena lê-lo.

Esta obra para além da poesia do Leandro, é composta por vários pensamentos que incitam o leitor à reflexão, esses pensamentos surgem intercalados com poemas que têm o mesmo efeito sobre nós.

Gostei bastante da forma como o autor constrói os seus poemas, utilizando sobretudo as rimas cruzadas, que soam muito bem e que nos dá vontade de recitar o seu trabalho em voz alta.

Com poemas que versam sobre os mais diversos assuntos da atualidade, mas acima de tudo, sobre o "eu", sobre o mundo que nos envolve, sobre as relações interpessoais, sobre a vida.

Acredito que a sua poesia denota também a sua formação em Psicologia, ainda que esta seja na vertente do trabalho, é possível encontrar nos seus poemas várias referências que remetem o leitor para esta àrea em particular, o que é bastante positivo.

Esta é uma obra poética feita de sentimentos fortes e emoções que se entranham no leitor de uma forma subtil e arrojada.

A sua linguagem concisa e escorreita foi, com certeza, o ponto que mais apreciei durante a leitura, torna-a leve, mas ao mesmo tempo, torna-a emocional e interiormente forte e intrigante.

A mensagem que passa é preciosa e fundamental para o ser humano, na medida em que o pode ajudar a moldar-se ao mundo que o rodeia, às relações, ao quotidiano e à nossa existência, que está longe de ser linear.

Destaco alguns dos seus pensamentos que mais gostei:

Coragem não significa ausência de medo…

Perante o último suspiro, os arrependimentos costumam centrar-se em tudo que não arriscamos fazer para tentar alcançar a nossa felicidade…