Mentes Inquietas de Gwenda Bond (COMPRAR AQUI) é a primeira ficção oficial da Netflix que surgiu como uma prequela da aclamada série Stranger Things e chegou este mês às livrarias portuguesas sob a chancela da Gailivro.


Nesta narrativa acompanhamos Terry, a mãe de Onze, e os anos anteriores ao nascimento desta personagem. A maior parte da narrativa decorre no Laboratório de Hawkins, durante o ano de 1969 e 1970. 

Quando Terry, Ken, Gloria e Alice entram para o projeto de investigação do Dr. Martin Brenner, tudo lhes parece surreal, mas as horas que passam em laboratório irá render-lhes um bom dinheiro e, tal como Terry acredita, por ser aquele um projeto importante, sente-se satisfeita por se ver envolvida.

Durante as sessões, contudo, estes quatro jovens que quis o destino unir no mesmo lugar, são sujeitos a várias situações que, para além de suspeitas, colocam as suas vidas em perigo. No laboratório são, na verdade, cobaias para algo muito maior do que eles próprios imaginam. Doses de LSD são administradas nos seus corpos e eletrochoques são recorrentes. O objetivo é potencializar as capacidades das cobaias, tornando-os seres capazes de preverem o futuro, de criarem ilusões ou de se comunicarem através da mente. 

As histórias de cada um deles é intercalada com as experiências em Hawkins e temos como um dos principais panos de fundo, a relação amorosa de Terry com Andrew.

Em meio a este turbilhão de acontecimentos, nasce uma amizade entre os quatro que se vai fortalecendo, e ao perceberem o perigo real em que estão envolvidos, unem-se com o propósito de destruir o Dr. Brenner. Mas nada é assim tão simples e quando Terry descobre que está grávida, Brenner vê naquele bebé uma potencial cobaia, com poderes excepcionais e a história torna-se cada vez mais emocionante.

Gostei quer da narrativa, quer da linguagem da autora, simples e acessível. A história desenvolve-se lentamente, mas as personagens são densas e conferem grande consistência à narrativa, fazendo com que o leitor devore cada página ansiosamente. 

Agora, resta-nos aguardar a continuação.


Sobre a autora

Gwenda Bond é autora de diversas ficções para crianças e jovens adultos. Entre elas, a série sobre a icónica personagem de banda desenhada Lois Lane e a trilogia Cirque American. Em conjunto com o marido, Christopher Rowe, escreveu a série infantil The Supernormal Sleuthing Service. Gwenda Bond é ainda autora de artigos de não-ficção em jornais e revistas, como Los Angeles Times, Publishers Weekly e Locus, entre outros. Frequentou um bacharelato em escrita criativa na Faculdade de Belas-Artes do Vermont e diz-se que como consequência pela admiração que de juventude, pela namorada do Super-Homem, Lois Lane, licenciou-se em Jornalismo.

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