Olá Sandra, bom dia. É um gosto enorme poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar, coloco-te esta questão: Como é que a escrita entrou na tua vida?
A escrita entrou na minha vida  de uma forma um pouco atribulada.
Na passagem de infância para adolescência começamos a questionar tudo o que somos o que fazemos para onde vamos e eu passei por essa fase uma das fases em que as outras crianças e jovens conseguem ser muito cruéis basta existirem diferenças sociais ou culturais.
Então lembrei-me de começar a escrever todos os sentimentos que não conseguia exteriorizar. Então quando o fazia fazia de uma forma errada um dia lembrei-me de começar a escrever tudo o que estava a sentir era uma forma de me libertar de ganhar asas e voar era uma forma de sonhar mesmo que os sonhos não se concretizassem.
Comecei a escrever mais ou menos com 15 anos depois parei e depois por volta do ano 2010 voltei a escrita e tudo o que escrevia  era em poesia.
E por mais estranho que pareça antigamente só conseguia escrever quando estava no estado de depressão profunda ou num estado de grande euforia.
Através da escrita libertava todas as amarras que me aprisionavam os pensamentos e os sentimentos

O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
E enquanto escritora?
A escrita tornou-me uma pessoa mais segura, e mais confiante, em mim mesma.
Enquanto escritora através da escrita comecei a perceber me que eu conseguia fazer algo mais grandioso e que as coisas que eu poderia fazer poderiam dar frutos agradáveis.
Como escritora a escrita deu-me vontade de querer aprender mais de querer conhecer os nossos escritores portugueses e de querer aprender mais sobre a literatura portuguesa que era algo a que eu não dava muita importância.

Em março publicaste o teu primeiro livro, Borboletas ao Luar. Pode falar-nos um pouco sobre ele?
Em março publiquei o meu primeiro livro! A concretização de um sonho de uma vida inteira. Hoje em dia é muito importante sensibilizar as pessoas, e principalmente os nossos jovens, para estes assuntos, porque estamos a criar uma geração de jovens frustrados e infelizes...e depois recorrem a este tipo de problemas para aliviar as suas frustrações, os seus conflitos pessoais, as suas dúvidas e depois ficam ligados a este ciclo vicioso, e é importante os pais lerem este livro, para perceberem os sinais que os filhos vão deixando de que algo não está bem!

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Sinopse do livro “Borboletas ao Luar” :

Porque a poesia pode ser amiga, confidente e transformadora, um refúgio de portas abertas para a liberdade, “Borboletas ao Luar” são textos poéticos que Sandra Silva deixa emergir do fundo da sua alma, de forma corajosa e genuína.

Fazendo da poesia um escudo para enfrentar estados de caos e desordem interior, a autora partilha sentimentos destrutivos de dor e de ansiedade, mas também a descoberta de momentos de esperança e de superação de episódios traumáticos! 🦋

É um livro de poesia. O que te motiva a escrever neste género?
Boa pergunta! Nem eu sei explicar o que motiva a escrever poesia!
Talvez se eu soubesse a resposta a essa pergunta eu hoje em dia não fosse poetiza.
Quando eu penso em escrever algo na minha cabeça começam a surgir palavras e letras todas baralhadas que começam a constituir frases resultado final sai tudo a rimar tudo em poesia

Sandra, falemos um pouco da escrita a nível emocional, o que sentes quando escreve?
Posso sentir muitas coisas quando escrevo. Por vezes sinto tristeza, e outras vezes sinto euforia, outras vezes sinto raiva, outras vezes sinto frustração, outras sinto desilusão, outras vezes sinto Liberdade, outras vezes sinto amor, depende do meu estado de espírito, e dos acontecimentos que estão a decorrer na minha vida naquele momento

Tens algum ritual de escrita?
Quando escrevo tento ouvir música instrumental calma para conseguir aqui liberar as minhas energias e para dar voz aos meus sentimentos e pensamentos.

Se só pudesses ler um único livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado?
Não sei responder a essa pergunta. No entanto existe um livro que li e reli e que me prendeu durante meses o pensamento, um livro que se chama a Lua de Joana é uma história muito profunda e sentimental, e infelizmente a personagem principal morre no fim é um livro muito interessante que todas as pessoas deviam ler! Principalmente as pessoas que têm filhos adolescentes

Que outros trabalhos já realizaste no âmbito da escrita?
Já tenho mais 2 livros terminados. 2 de poesia mas neste momento estou a escrever um livro infantil. Estou a iniciar o outro livro de poesia e ainda outro de frases.

A escrita é para ti, uma necessidade ou um passatempo?
Infelizmente ou felizmente a escrita para mim é uma grande necessidade porque é a única forma de muitas vezes eu exteriorizar os sentimentos que não consigo verbalizar que me fazem doer o peito e Me causam muitas dores e lágrimas.

Quais as tuas perspetivas para o futuro?
As minhas perspectivas para o futuro são ser uma grande escritora, ver o meu trabalho reconhecido. E através da minha escrita poder sobretudo ajudar muitas pessoas a saírem de problemas que acham que não conseguem ultrapassar.
Um dia mais tarde gostava muito de poder fazer voluntariado com pessoas toxicodependentes, sem-abrigo, desalojados, crianças em risco, vítimas de violência doméstica.

Se tivesses de escrever noutro género literário, qual o desafio ao qual te proporias?
Boa pergunta, não me vejo escrever outro Género literário a não ser poesia mas penso, talvez um dia experimente escrever em prosa a vida é cheia de desafios, se não tentarmos não sabemos se somos capazes.

Descreve-te numa palavra:
Humilde